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SP prevê data para fim total do uso obrigatório de máscara

Segundo o Comitê Científico, que assessora o governo paulista nas questões envolvendo a pandemia, é preciso analisar o impacto da retirada de máscara em locais abertos

Máscara não é mais necessária em local aberto no estado de São Paulo. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Máscara não é mais necessária em local aberto no estado de São Paulo. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 10 de março de 2022 às 08h11.

Última atualização em 17 de março de 2022 às 17h16.

O governo de São Paulo decretou, na quarta-feira, 9, o fim do uso obrigatório de máscaras em local fechado. A medida foi anunciada levando em conta os altos índices de vacinação e baixos números de casos graves e de internações por covid-19 no estado. Com resultados positivos, o governador João Doria (PSDB) já prevê quando será possível a retirada total da obrigatoriedade da proteção facial: 23 de março.

“Essa é uma análise que está sendo feita ao longo das próximas duas semanas, havendo a continuidade dos bons resultados, queda no número de internações em UTI, queda no número de óbitos, e o aumento extraordinário da vacinação de adultos e crianças. Se continuar no bom ritmo nós poderemos anunciar o fim completo do uso de máscara”, disse Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes no começo da tarde de quarta-feira.

Segundo o Comitê Científico, que assessora o governo nas questões envolvendo a pandemia, é preciso analisar o impacto da retirada de máscara em locais abertos, para aí então liberar em locais fechados. Estudos mostram que menos de 1% das transmissões ocorrem ao ar livre. Apesar de ser baixa, ela não é zero.

“Todas as evidências mostram que a transmissão em ambiente fechado é muito superior do que em aberto. Com a continuidade das melhoras dos nossos indicadores, nós poderemos então ampliar a flexibilização dos ambientes fechados”, disse João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico de São Paulo.

Especialistas em saúde pública são contrários à liberação de máscara em ambientes fechados neste momento, por considerarem que a média diária de casos de covid-19 ainda é muito alta no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados na quarta-feira, diariamente mais de 50 mil testes deram positivo para a covid-19 nos últimos sete dias.

“Ainda há um risco de que parte destes casos se tornem graves pela falta do reforço. Consideramos seguro abrir mão da máscara apenas em locais ao ar livre, por enquanto”, avalia grupo de cientistas do Observatório Covid-19 BR. Segundo o grupo, somente quando a dose de reforço for aplicada de maneira mais ampla em toda a população é que há a possibilidade de recomendar a flexibilização de máscara para espaços fechados.

Regra válida em São Paulo

No estado de São Paulo, não há mais a necessidade do uso de máscaras para as pessoas que estiverem em locais abertos, como ruas, parques, praças, pátios de escolas, estádios de futebol, centro abertos de eventos, autódromos, e espaços similares. O uso de máscara segue mandatório ainda para ambientes fechados, como salas de aula, transporte público, escritórios de trabalho, cinemas e teatros.

Onde precisa e onde não precisa

Não obrigatório

  • Rua
  • Parques, praças e praias
  • Shows e eventos em espaços abertos e jogos de futebol
  • Áreas abertas de escolas

Obrigatório

  • Espaços fechados
  • Restaurantes e bares
  • Cinemas e teatros
  • Escritórios
  • Salas de aula
  • Transporte público
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