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SP precisa de dois novos sistemas Cantareira até 2035

Construção de novas represas é imprescindível para garantir o abastecimento de água em parte da Grande São Paulo, aponta estudo encomendado pelo governo


	Consumo: a previsão é que nos próximos 20 anos, a demanda por água aumente 27%
 (Getty Images)

Consumo: a previsão é que nos próximos 20 anos, a demanda por água aumente 27% (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 15 de abril de 2014 às 17h55.

São Paulo – Construir dois novos sistemas com capacidade equivalente ao do complexo Cantareira, um dos maiores do mundo, é o desafio que o governo de São Paulo tem pela frente, a fim de garantir o abastecimento de água em parte da Região Metropolitana até 2035.

A afirmativa é de um relatório encomendado pelo governo do Estado ao qual o jornal Folha de S. Paulo teve acesso. Segundo o estudo, que demorou cinco anos para ser feito, será necessário um investimento de R$ 4 bilhões a R$ 10 bilhões para execução de um projeto dessa magnitude.

O sistema Cantareira abastece mais de 8 milhões de pessoas das zonas norte, leste, oeste e central de São Paulo, Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, além de parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André. Na última segunda, o nível do reservatório caiu para 15,7%, o menor volume em quatro décadas.

A previsão é de que nos próximos 20 anos, a demanda por água aumente 27%, em comparação com os níveis de 2008. A construção dos dois sistemas garantiria o suprimento extra de 60,11 mil litros por segundo. Se nada for feito, o Estado estará sujeito a uma série de conflitos por água, alerta o relatório.

É preciso apressar a tomada de decisão e a execução de obras. O projeto mais próximo de ser finalizado, destaca o jornal, é o do sistema de água São Lourenço, que vai lançar mais 5 mil litros de água por segundo na rede da Sabesp. Previsto inicialmente para começar a operar em 2016, ele só deverá ser inaugurado em 2018.

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