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SP manterá distribuição de remédios em unidades de saúde

O plano inicial da gestão de João Doria era repassar a distribuição de remédios para farmácias particulares

Distribuição de remédios: a rede privada prestará apenas um apoio complementar (Divulgação/Divulgação)

Distribuição de remédios: a rede privada prestará apenas um apoio complementar (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2017 às 15h25.

São Paulo - A gestão João Doria (PSDB) mudou a estratégia e o discurso relativo à distribuição de medicamentos a usuários da rede pública.

Segundo afirmou o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, nesta segunda-feira, 17, a entrega de remédios permanecerá sendo feita nas farmácias localizadas dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Diferentemente do planejado inicialmente, a rede privada prestará apenas um apoio complementar e numa segunda fase, ainda sem data marcada. "Voltar atrás não é um defeito, mas uma qualidade", disse.

O recuo se deu após três meses de pressão dos mais variados setores de defesa do Sistema Único de Saúde na capital.

Pollara citou, por exemplo, representantes do Conselho Municipal de Saúde e vereadores, que insistiram na manutenção do modelo atual durante audiência pública para debater a possível transferência da entrega dos insumos para as farmácias particulares.

O novo formato do programa ainda não está fechado. O que se pretende, de acordo com Pollara, é continuar distribuindo medicamentos nas UBSs (a maior parte deles), repassar uma parte para a rede privada (remédios menos utilizados) e aumentar a entrega via Correios (para pacientes crônicos, por exemplo).

Após assumir o cargo, em janeiro, o secretário já afirmou por diversas vezes que farmácias privadas e não UBSs são os locais adequados para distribuição de remédios. A mudança no discurso é, segundo ele, fruto dos estudos realizados por sua pasta desde então.

Nesta manhã, reconheceu que as orientações fornecidas nas unidades de saúde durante a entrega dos medicamentos é importante para os pacientes fazerem bom uso dos remédios, como no caso de prescrição de antibióticos.

Doria, no entanto, não trata a nova estratégia como um recuo. "Não abrimos mão da ideia original de buscar farmácias como polos de distribuição, de facilitação para a população. São 3 mil farmácias privadas versus 611 farmácias nos postos de saúde. Essa é a solução melhor, mas tudo a seu tempo", disse.

Em seguida, confirmou que a utilização da rede particular vai ocorrer de forma complementar.

O prefeito também voltou a dizer que a Prefeitura não vai demitir farmacêuticos que atuam nas farmácias localizadas dentro das UBSs - são 611 pontos de entrega.

Abastecimento

Doria e Pollara fizeram um balanço nesta segunda, 17, do trabalho feito pela gestão para abastecer o estoque de medicamentos da Prefeitura. Até 12 de abril, foram investidos R$ 95,9 milhões na compra de produtos, mais da metade do que se gastou em todo o ano passado.

Parte dos recursos é federal e outra do Tesouro.As compras possibilitaram, segundo o secretário, o abastecimento quase que completo de 90% das UBSs.

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