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SP contesta contrato do Incra com firma sem experiência

Segundo o governo paulista, a empresa escolhida não tem experiência e cobra preços mais altos

O governo paulista é representado na ação pelo Instituto de Terras do Estado no acordo (Wikimedia Commons)

O governo paulista é representado na ação pelo Instituto de Terras do Estado no acordo (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 10h28.

São Paulo - O governo de São Paulo decidiu contestar na Justiça o resultado de uma chamada pública realizada pela superintendência regional do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), órgão do governo federal. A chamada tinha como objetivo selecionar uma empresa para prestar assistência técnica aos assentamentos da reforma agrária no Estado. Um dos principais critérios para a escolha seria a experiência no setor. Segundo o governo paulista porém, a empresa escolhida não tem experiência e cobra preços mais altos.

O governo paulista é representado na ação pelo Instituto de Terras do Estado (Itesp), que participou da chamada, anunciada oficialmente em setembro do ano passado. Com quase 600 técnicos e a experiência de assistência a 172 assentamentos no Estado, o Itesp apresentou ao Incra uma proposta no valor de R$ 13,4 milhões - para atender, durante um ano, 194 assentamentos espalhados pelo território paulista.

O Incra optou, porém, pela BK Consultoria e Serviços, que pediu R$ 19,4 milhões pelo mesmo serviço e foi contratada no mês passado. “Além do preço, que é R$ 6 milhões mais elevado, o que chamou nossa atenção foi o fato de a empresa escolhida não ter experiência em assistência e extensão rural”, conta o diretor executivo do Itesp, Marco Pilla. “Ignoraram a expertise de quase 30 anos que temos nesta área.”

A BK existe desde 1998 oferecendo serviços de tecnologia da informação, apoio à gestão, engenharia e serviços gerais. No entanto, a empresa preferiu não se manifestar sobre as acusações. Por meio da assessoria jurídica, diz que ainda não conhece o teor da ação judicial e que o Itesp, assim como qualquer grupo preterido, tem direito de contestar o resultado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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