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SP autoriza volta às aulas presenciais em 2021 mesmo com avanço da covid

Secretário de Educação defende abertura das escolas com base na "experiências internacionais"; na Europa, entretanto, escolas estão sendo fechadas

 (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

(Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 13h28.

Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 17h38.

O governador de São Paulo, João Doria, assinará na tarde desta quinta-feira (17) um decreto que permite a volta gradual das aulas presenciais nas redes públicas e privadas de ensino no estado. A autorização de retorno às aulas tem validade para todas as fases de restrições do Plano São Paulo, o que na prática significa que crianças e adolescentes retornarão às aulas presenciais mesmo que haja uma alta significativa nos casos de covid-19 - o que já está acontecendo no estado.

O retorno às aulas ocorrerá de forma regionalizada, conforme critérios de segurança estabelecidos pelo Centro de Contingência da Covid-19. A decisão é embasada em experiências internacionais e tem por objetivo garantir a segurança dos alunos, professores e funcionários das redes de ensino do estado, além do desenvolvimento cognitivo e socioemocional de milhões de crianças e adolescentes.

João Dória, Governador do Estado de São Paulo

Recentemente, os estados do Rio Grande do Sul e Espírito Santo também publicaram decretos que permitem a abertura das escolas mesmo com a adoção de medidas restritivas mais duras. Secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares explica que o funcionamento da escolas não impacta no número de casos da doença.

"Está na hora da nossa sociedade, mais do que nunca, priorizar a educação. Manter as escolas funcionando também significa proteger nossas crianças e adolescentes", disse Soares em coletiva de imprensa nesta quinta (17), destacando que não houve registro de transmissão do coronavírus em nenhuma das duas mil escolas que já tem atividades desde o dia 8 de setembro. Segundo ele, os poucos casos reportados ocorreram fora do ambiente escolar. "Estar na rua, na praia ou em bares tem sido um fator de maior risco para os nossos adolescentes do que estar na escola, que é um ambiente seguro."

Na Europa, entretanto, a alta geral no número de casos de coronavírus levou à imposição de novas restrições, incluindo o fechamento de escolas até o meio de janeiro. No Rio de Janeiro, as escolas particulares também suspenderam as aulas presenciais para frear o avanço da doença.

Se tivermos que optar [sobre o que fecha e o que abre durante a pandemia], temos que optar pelas escolas. Estar na rua, na praia ou em bares tem sido um fator de maior risco para os nossos adolescentes do que estar na escola, que é um ambiente seguro.

Rossieli Soares, secretário de educação do Estado de SP
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