CPTM e Metrô: menos de 15% de usuários do Metrô e menos de 25% dos passageiros da CPTM usam os atuais bilhetes na hora de passar pela catraca (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
André Martins
Publicado em 4 de outubro de 2021 às 10h53.
Última atualização em 4 de outubro de 2021 às 18h09.
O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 4, que fechará as bilheterias da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô até o fim de 2021.
De acordo com a Secretaria Transportes Metropolitanos, os funcionários que trabalham nas bilheterias serão realocados para outras funções. Os terceirizados podem ser demitidos. A medida visa ajudar na redução de custos com expectativa de economia de 100 milhões reais por ano ás duas companhias.
Em entrevista coletiva, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que o governo vai reforçar o sistema de autoatendimento nas estações e também a rede de venda de bilhetes virtuais em prestadores de serviços antes de fechar todas as bilheterias.
A partir desta sexta-feira, 8, algumas estações já terão redução de funcionamento de bilheterias, operando apenas no horário de pico: entre 6h e 10h e entre as 16h e 20h. No dia 15 elas serão totalmente desativadas.
No dia 15, as bilheterias das estações Belém (linha 3 – Vermelha) e Granja Julieta (linha 9 – Esmeralda) serão desativadas. O governo ainda não divulgou o calendário de desativação dos guichês em outras estações.
Sem as bilheterias, a expectativa é que os usuários comprem a passagem em máquinas, estabelecimentos parceiros ou pelo celular no aplicativo chamado TOP. Segundo dados da administração estadual, menos de 15% de usuários do Metrô e menos de 25% dos passageiros da CPTM usam os atuais bilhetes na hora de passar pela catraca. A maioria dos usuários utilizam o Bilhete Único e/ou o Cartão Bom.
Em abril, São Paulo aposentou os bilhetes de leitura magnética e implementou tíquetes com código QR impresso.