São Paulo - O prefeito João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, 17, a saída de Soninha Francine da Secretaria Municipal da Assistência Social.

É a primeira mudança no primeiro escalão da Prefeitura.

O anúncio foi antecipado pelo site do jornal Folha de S.Paulo.

A agora ex-secretária deverá retornar à Câmara Municipal, onde é vereadora eleita e o suplente Rodrigo Gomes (PHS) deve deixar o legislativo.

Soninha vinha passando por um processo de desgaste desde o começo da gestão.

Ela acabou batizando uma regra do prefeito, não implementada na prática, que previa cobrança de multa de R$ 200 para secretários que se atrasassem a reuniões: a Lei Soninha.

O apelido se deu porque ela se atrasou na primeira ação da campanha Cidade Linda, tocada pelo prefeito.

Ao longo dos quatro meses de governo, ela viu os principais projetos pensados para sua pasta, o Trabalho Novo e os Espaços Vida, serem transferidos para a execução de seu secretário adjunto, Felipe Sabará - que deve assumir já a partir desta terça-feira, 18,o cargo de secretário.

A diferença de ritmos entre Soninha e Doria era alvo de comentários entre o restante do secretariado de Doria e mesmo entre dirigentes das empresas de fornecimento de serviços públicos que participam das reuniões do Cidade Linda.

No vídeo que cedeu à Folha, Doria aparece ao lado de Soninha e afirma que a decisão pela saída foi tomada em conjunto após uma "conversa produtiva, altiva, elevada e de muito sentimento".

"Vamos colocar um pouco mais de força na gestão administrativa dessa secretaria, o que é mais pesado um pouco. É construção, obra (...) Tudo isso exige uma demanda que não está dentro do espírito da Sonia", diz o prefeito.

Doria afirma ainda que a ex-secretária fará parte do conselho de gestão da Assistência Social.

No vídeo, ela não fala nenhuma palavra.

A reportagem procurou Soninha em seu celular e também sua assessoria de imprensa, mas ainda não teve resposta sobre eventual manifestação dela.

Nota de EXAME.com 

Em post na rede social Facebook, Soninha afirmou que o período em que comandou a secretaria foi intenso mas que ela não teria "correspondido ao ritmo do prefeito", apesar de "andar rápido". Leia: