Canal São Joaquim: obras de saneamento promovidas com recurso de Itaipu (Kiko Sierich/Itaipu Parquertec)
EXAME Solutions
Publicado em 23 de julho de 2025 às 14h11.
Última atualização em 23 de julho de 2025 às 14h12.
Quando Belém se tornar o epicentro das discussões climáticas mundiais, em novembro de 2025, a Itaipu Binacional estará presente como protagonista na chamada “COP da Ação”. Em um momento em que o mundo precisa urgentemente transformar consensos diplomáticos em medidas concretas, a empresa responsável pela usina que mais gerou energia limpa e renovável no mundo se posiciona como vitrine de soluções sustentáveis com resultados concretos.
A escolha de sediar a conferência no coração da Amazônia não é por acaso. É um reconhecimento de que a região — berço dos rios voadores que irrigam todo o continente — é peça-chave no equilíbrio climático planetário. A Itaipu compreende profundamente essa conexão: assim como os rios voadores transportam umidade e conectam a Floresta Amazônica a outras regiões, as soluções desenvolvidas pela empresa em 434 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul são interconectadas pelo cuidado com a água, gerando segurança hídrica, resiliência climática e desenvolvimento social.
São ações executadas com inúmeros parceiros e gestão participativa das comunidades locais, que incluem assistência técnica a mais de 7 mil famílias de agricultores; a recuperação de 9 mil nascentes; a estruturação da coleta seletiva em 255 municípios; a promoção de fontes renováveis de energia como a solar fotovoltaica e o biogás; e a conservação de mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica em ambas as margens do reservatório.
Porém, com a realização da Conferência Mundial do Clima no Brasil, a Itaipu estendeu seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável à cidade de Belém, com um investimento de R$ 1,3 bilhão, que está transformando a infraestrutura da capital paraense de forma definitiva. O investimento se materializa em obras estruturantes que incluem 50 quilômetros de rede coletora de esgoto; 4,8 mil novas ligações de saneamento; pavimentação de vias de acesso à COP30; e a criação do Parque Linear Doca na Avenida Visconde de Souza Franco.
No centro dessa transformação está o Parque Urbano Igarapé São Joaquim, projeto que exemplifica como a Itaipu conecta sustentabilidade ambiental com impacto social direto. Com investimento de R$ 150 milhões, essa iniciativa beneficiará mais de 300 mil famílias residentes nos bairros de Val-de-Cães, Sacramenta, Barreiro e Telégrafo.
O projeto vai além da revitalização paisagística: inclui macrodrenagem para combater alagamentos, construção de ciclovias e passarelas para mobilidade sustentável, e a criação de espaços de lazer que promovem qualidade de vida e coesão social.
Unidade de Valorização Concaves, reformada por Itaipu: soluções na promoção da sustentabilidade (Kiko Sierich/Itaipu Parquertec)
Paralelamente, a empresa investe na capacitação de pessoas por meio de programas de mentoria para negócios sustentáveis na Amazônia, com o objetivo de formar uma nova geração de empreendedores locais capazes de desenvolver soluções inovadoras em bioeconomia.
“Essa abordagem integrada demonstra que desenvolvimento sustentável só é verdadeiramente efetivo quando coloca as pessoas no centro das soluções”, afirma o diretor-geral brasileiro, Enio Verri. “É importante perceber que, na emergência climática que vivemos, não é o planeta que está em jogo. Somos nós”, resume.
A inovação tecnológica é outro pilar da participação da Itaipu na COP30, com destaque para o projeto JAQ Hidrogênio Verde, que será apresentado durante a conferência. As embarcações Explorer H1 e H2, movidas integralmente a hidrogênio verde, representam um salto qualitativo na descarbonização do setor náutico brasileiro.
Além das embarcações, a empresa desenvolve metodologias inovadoras para gestão de resíduos sólidos e biotecnologia, em parceria com universidades e centros de pesquisa, com o objetivo de criar um ecossistema de inovação para posicionar a Amazônia como laboratório de tecnologias sustentáveis para o mundo.
Para a chefe do escritório de Brasília e coordenadora da participação da Itaipu na COP30, Lígia Leite Soares, mais do que apoio logístico à realização da conferência, a empresa atua como fonte de conhecimento e de compartilhamento de soluções na promoção da sustentabilidade. “A abordagem integrada da Itaipu demonstra que é possível conciliar desenvolvimento econômico, preservação ambiental e justiça social, contribuindo para fazer da COP30 um marco histórico, em que as intenções se convertem definitivamente em ações concretas”, conclui.