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"Solução foi negociada", diz Temer sobre intervenção em Roraima

Estado enfrenta atualmente crise na segurança pública e no sistema prisional

. (Andre Coelho/Getty Images)

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Agência Brasil

Publicado em 9 de dezembro de 2018 às 09h59.

Última atualização em 9 de dezembro de 2018 às 09h59.

O presidente Michel Temer disse que a governadora de Roraima, Suely Campos, compreendeu e concordou que a intervenção federal no estado seria a única solução para resolver o impasse do pagamento de salário aos servidores estaduais, atrasados há meses, o que resultou numa solução "negociada".

"Eu liguei para a governadora, contei o drama todo relativamente aos salários e disse que a solução era a intervenção, com o que ela concordou. A governadora achou que, de fato, se não havia outra solução, ela daria essa espécie de sacrifício, deixando o governo antes, a fim de solucionar esta matéria", disse Temer durante reunião com o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.

A reunião, realizada neste sábado (8) no Palácio da Alvorada, é uma etapa necessária para que a intervenção possa ser implementada. Os conselhos aprovaram a medida por unanimidade. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, afirmou que o decreto nomeando o governador eleito, Antonio Denarium, como interventor será publicado na segunda-feira (10).

"Resolvemos prestigiar a soberania popular, que pelo voto designou o governador eleito para tomar posse em de janeiro, então achamos que seria efetivamente melhor nomear o governador eleito [como interventor]", disse Temer.

Suely Campos esteve no Alvorada neste sábado, mas deixou o palácio antes do início da reunião dos conselhos, sem falar com os jornalistas.

Roraima enfrenta atualmente crise na segurança pública e no sistema prisional. Agentes penitenciários do estado deixaram de trabalhar e policiais civis deflagraram paralisação de 72 horas devido a meses de salários atrasados. Como os policiais militares são impedidos por lei de fazer greve, receberam o apoio de suas esposas, que bloquearam o acesso aos batalhões como forma de protesto.

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