Temer: agora 73,3% dizem desaprovar o governo (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de março de 2018 às 17h05.
Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 6, mostra que a situação do governo teve uma melhora e que o "quanto melhorou é uma questão de tempo".
"Temos convicção que a sociedade brasileira vai reconhecer o trabalho excepcional que está sendo feito pelo governo Temer", afirmou o ministro, após participar de palestra de desburocratização na Câmara.
Padilha destacou que os indicadores econômicos estão melhorando, ressaltou que a inflação e os juros estão em patamares muito baixos e que a indústria e o emprego estão crescendo. "É obvio que essa percepção chega na sociedade", avaliou.
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta manhã indicou que a avaliação positiva do governo Michel Temer teve uma leve melhora, subindo para 4,3% ante 3,4% do último levantamento, feito em setembro de 2017. A oscilação está dentro da margem de erro. Segundo a pesquisa, a avaliação negativa do atual governo também teve uma sutil queda.
Na pesquisa anterior, 75,6% avaliavam negativamente o governo e agora 73,3% dizem desaprovar o governo. Para a entidade, fatos novos podem explicar a melhora do indicador, como a intervenção federal no Rio de Janeiro, a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública e o desempenho da economia.
A desaprovação pessoal de Temer atingiu 83,6% e a aprovação ao jeito do emedebista governar é de 10,3%. Na pesquisa realizada em setembro, 84,5% desaprovavam o presidente e 10,1% aprovavam.
A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do país . A pesquisa foi feita entre 28 de fevereiro a 3 de março. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
Segundo Padilha, com a inflação em um patamar baixo, o poder aquisitivo da população aumenta e isso "o cidadão percebe no seu carrinho de supermercado". "A retomada do crescimento da nossa economia foi calcada no consumo", destacou.
Padilha não quis comentar o andamento do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Superior Tribunal de Justiça (STJ). "O julgamento do presidente Lula é uma questão do STJ e eu não opino sobre isso", disse.
Pouco antes do fechamento deste texto, a 5ª turma do STJ formou maioria para negar o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula. O petista tenta impedir a prisão após esgotarem os recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que o condenou no âmbito da Operação Lava Jato a 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex no Guarujá.