Imagem de arquivo de Michel Temer: presidente comenta denúncia recebida pela PGR (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 10h02.
Brasília - Em reação à denúncia apresentada nesta quarta-feira (19) pela Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer negou a existência de irregularidades no caso do Decreto dos Portos e disse que provará sua inocência.
"O presidente Temer provará, nos autos judiciais, que não houve nenhuma irregularidade no decreto dos Portos, nem benefício ilícito a nenhuma empresa", informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência por meio de nota.
À noite, ao ser ao ser homenageado em evento da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), em Goiânia, Temer evitou o assunto.
De forma genérica, o presidente disse apenas que foi vítima de "uma trama moral" que muito o agrediu, sem especificar se falava das outras duas denúncias anteriores, oferecidas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
A Rodrimar, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que os executivos denunciados pela Procuradoria-Geral da República foram afastados da empresa desde o início do ano.
Segundo a companhia, isso permitiria "a máxima isenção e transparência durante o período em que os processos em questão estiverem tramitando na Justiça". A empresa também disse que "continua pautando a sua gestão dentro dos mais elevados padrões de governança corporativa".
O advogado Maurício Silva Leite, que defende o coronel João Baptista Lima Filho, amigo pessoal de Temer, informou que somente irá se manifestar depois de analisar o teor da denúncia feita pela PGR. Os outros denunciados não foram localizados até a conclusão da edição.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou nesta quarta-feira denúncia contra Temer por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito do inquérito dos Portos, que apura se houve favorecimento a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017.
Essa é a terceira denúncia apresentada contra Temer pela PGR desde que ele assumiu o cargo, em 2016. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.