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Sobre crise, Temer diz que não apaga "incêndio com gasolina"

Vice-presidente disse que partidos de oposição não devem ser contrários ao governo apenas porque perderam a eleição


	"Não me peçam para apagar incêndio com gasolina. Eu apago incêndio com água”, disse Michel Temer
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

"Não me peçam para apagar incêndio com gasolina. Eu apago incêndio com água”, disse Michel Temer (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2015 às 18h49.

Brasília - O vice-presidente e articulador político do governo Michel Temer disse hoje (21) que os partidos de oposição não devem ser contrários ao governo apenas porque perderam a eleição.

“[Os partidos] devem opor-se com uma questão de mérito, não é se opor simplesmente porque perdeu a eleição. No Brasil sempre foi assim. Quem perdeu a eleição acha que tem que contestar. O sistema jurídico impõe que a oposição fiscalize, observe, contrarie. Os que são oposição hoje, foram situação no passado e poderão vir a ser situação no futuro”, destacou.

Em seu segundo dia de palestras em Nova York, Temer falou na American Bar Association, seção da Ordem de Advogados, sobre os desafios institucionais e a coordenação política no Brasil.

Lembrou que assumiu a articulação política em um momento “um pouco complicado da economia brasileira”.

“A coordenação política requer construir as condições para a governabilidade e implica diálogo com o objetivo de ouvir demandas, acomodar interesses e somar contribuições. Não me peçam para apagar incêndio com gasolina. Eu apago incêndio com água”, frisou o vice-presidente.

Após a palestra, perguntado sobre a crise política no país depois do anúncio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de rompimento com o governo da presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente reafirmou que a divergência de Cunha é de natureza pessoal e não representa a posição atual do partido.

“Não significa uma crise institucional. Pode ocorrer que o PMDB resolva deixar o governo especialmente se, em 2018, pretender ter uma candidatura presidencial. Mas vai fazê-lo singelamente, suavemente, como uma questão política e não uma questão de atrito pessoal”, afirmou.

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