Busca por vítimas em Brumadinho, MG (Pedro Vilela/Getty Images)
Janaína Ribeiro
Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 19h53.
Última atualização em 29 de janeiro de 2019 às 20h24.
No quinto dia de buscas por vítimas e sobreviventes do desastre da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), a defesa civil informou em coletiva que subiu para 84 o número de mortos. Destes, 42 corpos já foram identificados.
Pelo menos 276 pessoas continuam desaparecidas. Nenhuma pessoa foi encontrada com vida nesta terça-feira (29), e as chances de encontrar sobreviventes na tragédia são consideradas baixas, segundo o tenente Pedro Aihara, portas voz do Corpo de Bombeiros de MG.
Dois dos corpos retirados da lama estavam na área onde ficava o refeitório da Vale - já que dois botijões de gás estavam próximos às vítimas, indicando o possível local. Três vítimas fatais foram retiradas de ônibus encontrado.
Os engenheiros que atestaram a segurança da barragem foram presos nesta terça, 29, e serão ouvidos em Belo Horizonte.
O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, disse que o desastre de Brumadinho pode ser considerado o maior acidente de trabalho da história do país, caso o número de mortos ultrapasse 69, que foi o total de trabalhadores mortos no desabamento do pavilhão de exposições do Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, no ano de 1971.
O tenente Aihara volta a alertar para notícias falsas que estão circulando na região. Não é necessária a vacinação da população em razão do contato com a lama, afirma. Apenas integrantes da equipe de buscas, devido ao contato prolongado com o material dos rejeitos, devem receber profilaxia especial.