Brasil

Sobe para 13 total de crianças mortas em escola no Rio; IML divulga nomes

Com isso, sobe para 13 o total de crianças mortas no ataque - além do próprio atirador, que se matou

Escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, onde um atirador matou crianças (Agência Brasil/Agência Brasil)

Escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, onde um atirador matou crianças (Agência Brasil/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 19h04.

São Paulo - Nove corpos de vítimas do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, já foram reconhecidos pelas famílias no Instituto Médico Legal (IML). Outros três corpos ainda não foram identificados. Segundo o diretor de Polícia Técnica e Científica do Estado, Sérgio da Costa Henrique, o corpo de mais uma criança ainda será trazido do Hospital de Saracuruna. Com isso, sobe para 13 o total de crianças mortas no ataque - além do próprio atirador, que se matou. Dos alunos mortos, apenas um é menino.

Em entrevista nesta tarde, o deputado estadual Zaqueu Teixeira (PT), presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Rio, que esteve no local do crime, afirmou que as crianças foram acuadas pelo assassino, e depois executadas, com tiros disparados de cima para baixo.

Na avaliação do deputado, o fato de a maior parte das vítimas ser menina não é uma casualidade. "Não tem como não ser proposital uma quantidade de meninas tão grande", afirmou. Segundo Teixeira, o atirador teria utilizado um dispositivo para facilitar o carregamento do revólver. "No tempo que ele levaria para colocar uma munição, ele colocou seis". O político disse ainda que, apesar de esse ter sido um fato incomum no País, é preciso buscar medidas preventivas.

Nomes

Os alunos mortos identificados até agora pelo IML são: Karine Chagas de Oliveira, de 14 anos; Rafael Pereira da Silva, de 14 anos; Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos; Mariana Rocha de Souza, de 12 anos; Larissa dos Santos Atanázio, sem identificação de idade; Bianca Rocha Tavares, de 13 anos; Luiza Paula da Silveira, de 14 anos; Laryssa Silva Martins, de 13 anos; e Géssica Guedes Pereira, sem identificação de idade.

Psiquiatra

O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, deixou uma carta antes do ataque à escola. No texto ele diz que "nenhum impuro pode ter contato com um virgem sem sua permissão". Segundo o psiquiatra forense Marcos Gebara, a avaliação isolada da carta, sem informações prévias do autor, não permite que se faça um diagnóstico do atirador. Mas, para ele, "aparentemente" o texto foi escrito por uma pessoa sob um "surto psicótico paranoide delirante alucinatório".

"É como se a pessoa tivesse recebido uma missão, que sabia como executar. Inclusive ele prevê a maneira como as pessoas deveriam lidar com ele já morto", comenta. De acordo com Gebara, não há sinais de que Oliveira tenha transtorno de personalidade. "O sociopata sempre foi assim. É uma pessoa ruim, indiferente aos sentimentos alheios. Já o psicótico é uma pessoa normal, que de repente entra em surto. Ao que me parece, é o caso desse rapaz".

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisRio de Janeiroseguranca-digitalViolência urbana

Mais de Brasil

Governo Lula condena ataques dos EUA a instalações nucleares do Irã

Brasileira desaparecida em vulcão foi deixada para trás por guia, diz imprensa da Indonésia

Rio Grande do Sul tem 126 municípios afetados pelas chuvas, mas número de pessoas desalojadas cai

Maioria da população apoia a reeleição de presidentes, governadores e prefeitos, diz pesquisa