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Sobe para 13 número de escolas ocupadas no Rio

A Secretaria de Educação diz que os casos específicos de cada unidade só serão analisados após a desocupação


	Ocupação: a Secretaria de Educação diz que os casos específicos de cada unidade só serão analisados após a desocupação
 (Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

Ocupação: a Secretaria de Educação diz que os casos específicos de cada unidade só serão analisados após a desocupação (Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 12h29.

Rio de Janeiro - Mais duas escolas da rede estadual foram ocupadas na manhã de hoje (7), no Rio de Janeiro, por alunos que buscam melhorias no sistema de ensino e defendem a greve dos professores estaduais.

Estudantes do Colégio Estadual Guanabara, em Volta Redonda, sul fluminense, e do Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, em Niterói, juntam-se a outras 11 unidades de ensino já ocupadas anteriormente.

A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) confirma a ocupação da unidade de Niterói, mas não a de Volta Redonda, onde ainda está em andamento um processo de negociação entre os alunos e a direção.

Com relação à reintegração de posse do Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, pedido pelo órgão no dia 29 de março, a secretaria diz que o documento está em análise pela Procuradoria Geral do Estado.

A Secretaria diz que os casos específicos de cada unidade só serão analisados após a desocupação.

No entanto, por meio de nota, o órgão diz que não vê, nos líderes do movimento, a intenção em desocupar as unidades, pois há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar. Segundo o texto, diante da intransigência, a Secretaria apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que são os estudantes sem aulas os mais prejudicados.

Para o estudante Michel Policeno, do Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, o primeiro a entrar em processo de ocupação, a Secretaria de Educação está buscando minimizar o movimento.

“É uma tentativa de tirar o protagonismo dos estudantes, como se a gente não fosse capaz de pensar e organizar algo assim. E isso não adianta de nada, porque o movimento só cresce cada dia mais. Cada vez que isso é dito pela secretaria, só fortalece ainda mais a nossa luta”, disse.

A aluna da escola técnica Ferreira Viana, no Maracanã, zona norte do rio, Bianca Martins disse que os alunos pretendem ocupar novas escolas, inclusive o Ferreira Viana.

“Eu tenho participado do apoio às escolas que já foram ocupadas, pois a minha não foi. Aliás, é bom reiterar que nos próximos dias também a ocuparemos. A expectativa é de que o movimento cresça cada vez mais e que alcancemos, na próxima segunda, o número de 25 unidades estaduais em processo de ocupação”, afirmou .

Procurada pela Agência Brasil para comentar e fazer um balanço das ocupações, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), preferiu não se manifestar, pois, segundo eles, o movimento não está sendo organizado pelo sindicato.

O Sepe-RJ informou que apoia a luta dos estudantes e que organiza somente campanhas para doações de alimentos, livros e roupas para os alunos participantes. Os professores estão em greve há 36 dias.

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