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Sob vaias, secretário recebe prêmio no lugar de Alckmin

Manifestantes subiram ao palco com faixas com os dizeres "torneira seca" e "procura-se"


	Secretário Benedito Braga (Saneamento e Recursos Hídricos), governador Geraldo Alckmin e o secretário Edson Aparecido (Casa Civil): as manifestações foram organizadas pelos grupos Greenpeace, Juntos! e Minha Sampa
 (Edson Lopes Jr./ Governo de São Paulo)

Secretário Benedito Braga (Saneamento e Recursos Hídricos), governador Geraldo Alckmin e o secretário Edson Aparecido (Casa Civil): as manifestações foram organizadas pelos grupos Greenpeace, Juntos! e Minha Sampa (Edson Lopes Jr./ Governo de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 10h48.

Brasília - O secretário de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, foi vaiado na noite desta terça-feira, 13, ao representar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante uma cerimônia em Brasília que premiava a boa gestão de recursos hídricos.

Manifestantes subiram ao palco com faixas com os dizeres "torneira seca" e "procura-se".

O governador, apesar de confirmar presença, não compareceu à Câmara. As manifestações foram organizadas pelos grupos Greenpeace, Juntos! e Minha Sampa.

"O prêmio que ele merecia receber era o torneira seca, porque falta água em São Paulo", acusou Gabriel Lindenbach, da Juntos!.

ONU

Ao lado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), e dos coletivos Luta Pela Água e Aliança Pela Água, o Greenpeace fez um relatório de violação aos direitos humanos na gestão da crise da água e entregou o documento ontem à Organização das Nações Unidas (ONU).

O texto foi enviado a Leo Heller, relator da entidade. "O caminho é agora avaliar o relatório e elaborar consulta aos governos", explicou.

Segundo o texto, houve falta de planejamento e medidas de contingência, superexploração, ausência de participação e de transparência, interrupção de abastecimento e aumento indevido de tarifa.

O material leva em consideração relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) afirmando que a crise hídrica "é resultado da falta de planejamento" do Estado.

Em nota, a Secretaria de Recursos Hídricos afirmou que o levantamento "é parcial, sem embasamento técnico, que acusa equivocadamente somente um ente da federação de um problema que atingiu todo o país".

A pasta destaca que a estiagem, maior em 85 anos, não foi prevista por institutos meteorológicos. 

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