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Só vou falar sobre presidente Dilma nos autos, diz Mendes

O ministro do STF e presidente do TSE ironizou a crítica da presidente Dilma à suspensão das diligências no inquérito que investiga o senador Aécio Neves


	O ministro Gilmar Mendes, do STF: "posso fazer uma ironia sobre a presidente Dilma? Vou só falar sobre a presidente Dilma nos autos"
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O ministro Gilmar Mendes, do STF: "posso fazer uma ironia sobre a presidente Dilma? Vou só falar sobre a presidente Dilma nos autos" (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 12h50.

São Paulo - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ironizou a crítica da presidente Dilma Rousseff (PT) à suspensão das diligências no inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O inquérito foi autorizado por Gilmar Mendes mas foi suspenso 24 horas depois.

"Posso fazer uma ironia sobre a presidente Dilma? Vou só falar sobre a presidente Dilma nos autos", afirmou Gilmar Mendes nesta sexta-feira, 20, em visita ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Em entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, publicada nesta quinta-feira, 19, pelo site The Intercept, Dilma afirmou julgar "estranha" a suspensão. "Pelo que eu saiba, nenhuma ação teria sido suspensa até então, nenhum ação de pessoas investigadas pela Lava Jato".

A petista pontuou que Mendes é apenas um dos integrantes do STF, e que nem todos têm a mesma posição "visivelmente militante" do juiz. "Acho que no Brasil nós não podemos ter dois pesos e duas medidas. Quando se investigar, que se investiguem todos. Ninguém pode ser poupado da investigação", defendeu.

Dilma é alvo de um pedido de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no Supremo.

Gilmar Mendes é relator, no TSE, da prestação de contas da presidente afastada referente às eleições de 2014. No ano passado, o ministro pediu a investigação de suposta prática de atos ilícitos na campanha que reelegeu Dilma mesmo após as contas da petista terem sido aprovadas com ressalvas pelo TSE. A determinação teve como base informações reveladas pela Operação Lava Jato de que a campanha foi financiada com recursos desviados da Petrobras.

Além da prestação de contas do partido, tramitam no TSE quatro ações questionando supostas irregularidades nas contas da chapa eleita em 2014 e que pedem a cassação do mandato de Dilma e do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), e que estão sob a relatoria da ministra Maria Thereza de Assis Moura.

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