Crise no Governo: declaração de Lira ocorreu durante evento no Paraná, enquanto respondia sobre a votação de quarta no plenário da Casa (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 12 de abril de 2024 às 20h04.
Um dia após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de "incompetente" e "desafeto pessoal", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o aliado e disse que pretende mantê-lo no cargo por "muito tempo".
A declaração de Lira ocorreu durante evento no Paraná, enquanto respondia sobre a votação de quarta no plenário da Casa, que manteve preso o deputado Chiquinho Brazão, apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. De acordo com Lira, informações sobre uma suposta interferência dele, junto a deputados, a favor da soltura de Brazão partiram de Padilha.
Em evento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores em São Paulo, Lula elogiou os ministros presentes no palco, Fernando Haddad (Fazenda), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Padilha, elencando qualidades de todos eles, e defendeu a atuação da pasta das Relações Institucionais.
"Quero agradecer ao companheiro Padilha. Ele está no cargo que parece ser o melhor do mundo no primeiros seis meses. Mas é que nem casamento. É tudo maravilhoso nos primeiros seis meses, (quando) o casal ainda está se descobrindo. E aí chega um momento que começa a cobrar, e o Padilha está na fase da cobrança. Eu dizia esse é o tipo de ministerio em que a gente troca (o ministro) a cada 6 meses. Mas só de teimosia o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministerio, porque não tem ninguém melhor para lidar com o Congresso Nacional que o Padilha", afirmou Lula