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Só 6 câmeras estão funcionando em rota de Marielle antes de crime

Segundo site, quase metade dos equipamentos em trajeto estava desligada no momento do crime

Cena do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Cena do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 21 de março de 2018 às 11h48.

Última atualização em 21 de março de 2018 às 17h30.

São Paulo – No trajeto  de três quilômetros percorrido pela vereadora Marielle Franco e por seu motorista, Anderson Gomes, antes de serem mortos na última quarta-feira (14), há exatas 11 câmeras de trânsito da Prefeitura do Rio de Janeiro. Mas, no momento do crime, apenas seis estavam funcionando, segundo informações do site G1.

Questionada por EXAME, a Prefeitura do Rio de Janeiro ainda não se pronunciou sobre o caso.

Ao G1, o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, afirmou que os equipamentos desligados têm a finalidade exclusiva de acompanhar o tráfego e, portanto, suas eventuais imagens pouco contribuiriam para as investigações porque têm resolução limitada.

No entanto, fonte ligada à Polícia Civil afirmou ao site que as imagens dificilmente ajudariam a identificar os autores do crime, mas poderiam acrescentar informações relevantes para as investigações.

Uma semana após o crime, as investigações pouco avançaram para apontar quem cometeu o crime e quais eram suas motivações. Os primeiros dias da apuração, que coloca em xeque a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, também foram marcados por informações desencontradas das autoridades.

Até o momento, o que se sabe é que a munição usada no crime foi comprada pela Polícia Federal em 2006, e que cápsulas do mesmo lote teriam sido usadas no assalto a uma agência dos Correios na Paraíba e na chacina que terminou com 17 mortos e sete feridos na Grande São Paulo em 2015.

No domingo, a Polícia Civil de Minas Gerais encontrou na cidade de Ubá, região da Zona da Mata, um carro suspeito de ter sido usado nos assassinatos. Ontem, familiares e amigos das vítimas prestaram depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, que coordena as investigações.

 

 

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