Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e o pesadelo da CPMF (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2010 às 13h58.
São Paulo - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou hoje que a entidade não terá limites na luta contra a possível recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Skaf, que foi candidato a governador de São Paulo pelo PSB e apoiou a candidatura da presidente eleita Dilma Rousseff, criticou os que sonham com o retorno da CPMF. "Tenham cuidado. Vamos fazer com que esses sonhos virem pesadelos", disse durante a abertura do Congresso da Indústria 2010, em São Paulo.
Ele prometeu que os idealizadores do possível regresso da contribuição se arrependerão da ideia, porque a sociedade não aguenta mais impostos. "Não teremos limites em nossas atitudes", avisou.
Durante a abertura do congresso, ele defendeu a regulamentação da Emenda 29, que assegura os recursos mínimos para o financiamento de ações e serviços públicos de saúde. Skaf disse ainda que o governo federal terá em 2011 uma arrecadação prevista de R$ 1 trilhão.
"Que fique bem claro: a sociedade brasileira não vai aceitar qualquer tipo de aumento tributário", reforçou. De acordo com Skaf, a possível volta da CPMF abriria brecha para a criação de impostos em áreas específicas, como segurança e educação.
O presidente da Fiesp defendeu que a sociedade exija qualidade no serviço público sem aumento da carga tributária. "Queremos qualidade no respeito às pessoas", afirmou. No evento de hoje, os empresários discutirão durante todo o dia temas como reforma tributária e trabalhista. As conclusões serão levadas a Dilma.