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Não creio que eleitor dará o governo de SP ao PT, diz Skaf

Pré-candidato disse que é preciso acabar com a polarização entre PT e PSDB no Estado e eleger um nome novo para o Palácio dos Bandeirantes

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 18h51.

São Paulo - Em num momento em que há cobranças de PT e PMDB por apoio mútuo nas eleições gerais do ano que vem, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pré-candidato pelo PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB), disse que é preciso acabar com a polarização entre PT e PSDB no Estado e eleger um nome novo para o Palácio dos Bandeirantes.

"Não creio que o eleitor de São Paulo vá querer dar ao PT, além da prefeitura e do governo federal, o governo estadual no ano que vem", afirmou, em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Mesmo com o desgaste dos partidos aliados no âmbito federal, Skaf disse ter certeza que o PMDB está unido em torno da candidatura própria. "O que o partido está fazendo em São Paulo é lançando uma novidade. O partido tem uma candidatura independente."

Apesar da crítica à polarização entre PT e PSDB e da crença de que o eleitorado de São Paulo não deverá apostar num candidato petista nas eleições para o governo de São Paulo no ano que vem, Skaf disse acreditar na reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Segundo ele, o apoio de seu partido à reeleição da presidente Dilma não vai interferir na situação no Estado. "Não tem nada a ver a aliança nacional com a estadual", garantiu.

Skaf destacou ainda que há um desgaste com o atual governo paulista. "O PSDB já governa há 20 anos e a gente observa que há um grande problema de gestão", disse.

Questionado se ainda almejava a possibilidade de ter o apoio do PT no Estado, numa eventual cabeça de chave do PMDB, Skaf afirmou que acha "muito remota" a chance de o PT desistir de ter uma candidatura própria e avisou que não teme o uso da chamada máquina pública para favorecer o candidato petista. "Ninguém vai estremecer a candidatura do PMDB, porque em São Paulo o partido está completamente independente, com candidatura própria", reforçou.

Pesquisa

Skaf comentou também o resultado da última pesquisa Datafolha, em que aparece com 19% da preferência dos entrevistados para as eleição do governo paulista no ano que vem, em segundo lugar, atrás apenas do atual governador, o tucano Geraldo Alckmin, que tem 43% das intenções de votos dos paulistas. "A pesquisa mostra que há uma solidez em torno desses 20%", disse Skaf , lembrando que nos levantamentos anteriores já estava com esse patamar.

"Tenho só que agradecer ao eleitor de São Paulo de lembrar meu nome e ter um resultado tão significativo", disse. Skaf ponderou que é importante lembrar que o resultado é ainda mais expressivo, pois além de ele não "ser um político de carreira, ainda estamos a quase um ano das eleições quando só temos pré-candidaturas". "O meu grau de conhecimento é muito menor do que o primeiro colocado, ele está no cargo e por ser um político tradicional ele é conhecido por todos."

Segundo Skaf, outra vantagem significativa é a distância que ele aparece dos demais prováveis candidatos. "Tem uma posição de segundo colocado com bastante folga do terceiro e com muita folga do quarto colocado", ressaltou. Na pesquisa, atrás de Skaf está o ex-prefeito da capital paulista Gilberto Kassab (PSD) com 8% das intenções de voto, seguido de Alexandre Padilha (PT), candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 4%.

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