Brasil

Skaf diz que ele é quem vai "mandar" em SP

No horário eleitoral gratuito, Alckmin procurou associar o adversário a Luiz Antônio Fleury (1991-1995), que, segundo a propaganda, "quebrou São Paulo"


	Skaf: em resposta, ele nega influência do ex-governador Fleury em sua campanha e diz ser ele quem vai "mandar" no governo
 (Ayrton Vignola/Skaf 15/Fotos Públicas)

Skaf: em resposta, ele nega influência do ex-governador Fleury em sua campanha e diz ser ele quem vai "mandar" no governo (Ayrton Vignola/Skaf 15/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 13h17.

São Paulo - A propaganda do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no rádio, veiculada na manhã desta segunda-feira, 1º, manteve os ataques ao candidato do PMDB, Paulo Skaf.

No horário eleitoral gratuito, a campanha tucana procurou associar o adversário à gestão peemedebista de Luiz Antônio Fleury (1991-1995), que, segundo a propaganda, "quebrou São Paulo".

Em resposta, Skaf nega influência do ex-governador em sua campanha e diz ser ele quem vai "mandar" no governo.

A propaganda tucana repete tom usado na semana passada, mas foi mais ameno ao usado em inserções na TV, que acusava Skaf de "esconder" aliados, como o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o deputado federal Paulo Maluf (PP).

Na propaganda desta segunda, locutores afirmam que o governo de Fleury faliu o Estado e que a saúde era um "caos". "É isso que você quer de novo para o Estado de São Paulo?", pergunta o locutor.

"É esse mesmo PMDB, que quebrou São Paulo, que quer voltar ao governo com Skaf", conclui. A voz de Alckmin não aparece durante o programa eleitoral, que tentou associar a imagem do candidato do PMDB a de Fleury, apresentado pelos locutores como "chefe da campanha" adversária.

"O que uma pessoa sem experiência como o Skaf tem a aprender com o Fleury?", questionava o locutor.

Em declarações à imprensa na semana passada, Skaf já havia respondido aos ataques e no programa desta segunda-feira procurou dissociar a ligação com Fleury, que integra a coordenação de sua campanha.

Procurada, a assessoria informou que Skaf nunca nomeou um coordenador de campanha e que sua equipe conta com vários colaboradores e Fleury é um deles.

"Fleury não é chefe nem coordenador da minha campanha, mas sim um dos tantos parceiros do PMDB que acham que está na hora de mudar São Paulo", disse o candidato no rádio. "Todos os partidos aliados sabem que quem vai mandar no meu governo serei eu", complementou.

As respostas vieram em declarações do próprio candidato, que procurou ainda vincular a gestão de Fleury ao PSDB. "Quando o senhor [Alckmin] fala do ex-governador Fleury, não esqueça que o vice-governador dele era Aloysio Nunes, seu grande amigo, hoje senador do PSDB e candidato a vice-presidente de Aécio Neves", disse Skaf.

Na semana passada, o programa do PSDB no rádio já havia feito referências às gestões passadas do PMDB no Estado. Em inserções na TV, porém, a campanha tucana também incluiu nas peças aliados de Skaf nestas eleições, como Kassab, candidato ao Senado na chapa do PMDB, e Maluf, cujo partido apoia o PMDB.

Antes da formalização das candidaturas, em julho, o tucano chegou a negociar a participação de Kassab como vice na sua chapa. Já o partido de Maluf comandava a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), ligada ao governo paulista.

Nesta segunda, Skaf abordou a ligação entre Alckmin e Kassab. "Dois meses atrás o senhor [Alckmin] elogiava Kassab, querendo que fosse o seu vice, mas ele preferiu tomar outro caminho, o meu", afirmou o candidato.

Para Skaf, a propaganda tucana é reflexo dos resultados recentes das pesquisas eleitorais. Levantamento feito pelo Ibope, divulgado na semana passada, mostrou que as intenções de voto de Skaf passaram de 11% para 20%, na comparação com julho. Alckmin manteve os 50%. "O senhor faz esse barulho todo porque o Skaf está subindo cada vez mais nas pesquisas", disse o locutor ao final da propaganda. (Colaborou Mateus Coutinho)

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEleiçõesEleições 2014Geraldo AlckminGilberto KassabGovernadoresMDB – Movimento Democrático BrasileiroMetrópoles globaisOposição políticaPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosPSDBSão Paulo capital

Mais de Brasil

Com prazo para setembro de 2026, Via Appia quer antecipar entrega final do Rodoanel Norte

'Governo não entregou tudo o que foi prometido para o povo', diz Lula em reunião ministerial

Lula já trocou um quinto dos ministros desde o início do governo

Máximas com calorão, chuvas no Centro-Oeste, tempestade no Sul: veja previsão do tempo no Brasil