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Site contra injustiça une cliente insatisfeito a advogados

Plataforma quer facilitar o processo e mostrar que vale a pena ir atrás de direitos em tribunais de pequenas causas

Justiça Seja Feita: a meta é chagar a 2.000 advogados usando a plataforma como ferramenta de trabalho até meados de 2016 (Divulgação)

Justiça Seja Feita: a meta é chagar a 2.000 advogados usando a plataforma como ferramenta de trabalho até meados de 2016 (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 10h24.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 12h54.

São Paulo – Em 2015, a economia colaborativa ganhou o noticiário. A junção online de prestadores de serviço com potenciais clientes tem no Uber seu exemplo mais popular deste ano. Mas outros correm por fora.

No site justicasejafeita.com, criado há 3 meses, clientes insatisfeitos com produtos e serviços cadastram sua queixa e recebem orçamentos de advogados que estejam interessados em defendê-los. São 300 profissionais cadastrados a serviço de quem pretende entrar com ações em tribunais de pequenas causas.

O autor do projeto é Rodrigo Suarez, publicitário que há cinco anos trabalha com soluções digitais para problemas cotidianos. “Problemas que acontecem comigo, acontecem com os outros. Mas às vezes não sabemos onde procurar ajuda”, diz Suarez. “Criei o site para mostrar que vale a pena correr atrás de seus direitos.”

Suarez teve que lidar recentemente com cobranças indevidas de uma prestadora de serviço. Sete ligações para call centers e uma longa pesquisa de legislação depois, o publicitário de São Paulo decidiu entrar na justiça. A ideia do site surgiu justamente para agilizar esse meio de campo.

Em três meses de existência, o justicasejafeita.com já anota 2 mil causas ativas e cerca de 40 orçamentos aprovados por mês, quatro vezes mais que a expectativa inicial. “É um sinal da falta de assistência jurídica e legal que há no país”, afirma Suarez. “As pessoas precisam de ajuda, mas estão acostumadas com o injusto. Acabam sofrendo os abusos porque acham muito difícil correr atrás dos direitos.”

No portal, os profissionais são avaliados pelos clientes e recebem notas acessíveis a todos os clientes. A diferença para um aplicativo como o Uber é que não há sistema de ranking, pois a prática pode ferir o código de ética da OAB. “A ideia é que, com as avaliações, o próprio mercado regule quem são os bons e maus advogados”, diz o criador do site. “Não podemos interferir.”

Além de registro profissional na Ordem, os profissionais que queiram se cadastrar devem deixar todos os contatos — telefones e e-mails — e, se possível, uma conta no LinkedIn. A ideia é que em um ano sejam 20.000 ações em curso e 2.000 advogados usando a ferramenta como instrumento de trabalho.

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