Abastecimento: quantidade de água armazenada é a mais baixa para o mês de julho desde 2015. (peter bocklandt/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de julho de 2018 às 13h15.
Última atualização em 30 de julho de 2018 às 15h41.
São Paulo - O Sistema Cantareira está em estado de alerta desde domingo, 29, quando chegou a 39,9% de sua capacidade. O nível caiu ainda mais nesta segunda-feira, 30, chegando a 39,7%. Segundo as novas regras da operação anticrise hídrica, em vigor desde 2017, o sistema entra automaticamente na "faixa 3", de estado de alerta, quando fica abaixo de 40%. Para ser considerado normal, precisa chegar a 60%.
A quantidade de água armazenada é a mais baixa para o mês de julho desde 2015, quando o Estado enfrentava a crise hídrica. Para o dia 30 do mês, o nível era de 63%, em 2017, e 46,9%, em 2016. Em 2015, as reservas estavam no volume morto, com capacidade em -10,5%.
Em 2018, a última vez que o monitoramento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) detectou aumento no nível do Cantareira foi em 9 de junho, quando subiu de 45,6% para 45,7%. O sistema permanecerá em estado de alerta enquanto estiver com volume útil acumulado entre 30% e 39,9%.
Quando está em estado de alerta, o limite de retirada é reduzido de 31 mil para 27 mil litros por segundo. Para voltar à faixa 2, que é o estado de atenção, o nível precisa estar de 40% a 59,9%. Acima disso, o volume é considerado normal.
Das represas que integram o Sistema Cantareira, a pior situação é a de Cachoeira (com 10,2% da capacidade), enquanto a de Atibainha está em 29,1%, a de Paiva Castro marca 42,1% e a de Jaguari/Jacareí marca 43,5%.
Procurada pela reportagem, a Sabesp afirmou, por meio de nota, que "cumpre as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores - ANA (Agência Nacional de Águas) e DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica)".
Previsão
O tempo seco deve dar trégua a partir desta segunda-feira em todo o Estado de São Paulo. Segundo o Climatempo, a chegada de uma frente fria estimula a formação de nuvens carregadas. A frente fria é a primeira que consegue chegar com força ao Estado desde o começo de junho.
A previsão é que chova na capital paulista na tarde e na noite de segunda-feira, o que deve se repetir ao longo da semana. Outra frente fria deve chegar ao Estado entre os dias 3 e 4 de agosto.