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Sistema Cantareira cai 13,8%, pior nível desde 1974

O índice segue batendo sucessivos recordes negativos de capacidade


	Solo ressecado é visto na represa de Jaguary, em Bragança Paulista: há um ano, o nível estava em 61,9%
 (Nacho Doce/Reuters)

Solo ressecado é visto na represa de Jaguary, em Bragança Paulista: há um ano, o nível estava em 61,9% (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 13h31.

São Paulo - O índice que mede o volume de água armazenado no Sistema Cantareira segue batendo sucessivos recordes negativos de capacidade. Nesta sexta-feira, o nível dos reservatórios ficou abaixo dos 14% pela primeira vez desde o início da operação do sistema, em 1974.

Com um recuo de 0,2 pontos porcentuais de ontem para hoje, o índice chegou a 13,8%, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Há um ano, o nível estava em 61,9%.

Relatório diário do comitê anticrise que monitora o Cantareira mostra uma situação ainda mais crítica nas duas principais reservas do sistema, responsável pelo abastecimento de 47% da Grande São Paulo. Consideradas o coração do manancial, as represas Jaguari e Jacareí estão com apenas 6,6% da capacidade. Juntas, elas representam 82% da capacidade total do Cantareira.

O Alto Tietê, que desde janeiro passou a abastecer parte da zona leste da capital paulista, antes atendida pelo Cantareira, também apresentou queda, para 37,6%. É a pior marca dos últimos dez anos para o mês de março.

Apesar dos níveis críticos dos sistemas, ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a descartar qualquer possibilidade de um racionamento de água na região metropolitana de São Paulo. O governo paulista é o maior acionista da Sabesp.

Resultado

A concessionária divulga hoje, após o fechamento do mercado, os resultados relativos ao quarto trimestre de 2013. Segundo analistas, os números ainda não devem refletir os impactos da atual crise hídrica.

Os possíveis efeitos financeiros das ações emergenciais (como o programa de bônus e os investimentos para exploração do volume morto do Cantareira e para o projeto de interligação com o sistema do Rio Paraíba do Sul) serão observados a partir do primeiro trimestre deste ano, acreditam os especialistas.

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