Plataforma de petróleo: petroleiros votaram pelo fim das paralisações, mas mantiveram o chamado "estado de greve" (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2015 às 15h42.
Rio - O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que reúne trabalhadores da maior parte das plataformas da Bacia de Campos, decidiu encerrar a greve iniciada em 01 de novembro.
Em assembleias realizadas na manhã desta sexta-feira, 20, nas duas bases da entidade, os petroleiros votaram pelo fim das paralisações, mas mantiveram o chamado "estado de greve", uma espécie de alerta de que os funcionários podem voltar a cruzar os braços a qualquer momento.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), à qual o Sindipetro-NF é ligado, já havia decretado o fim da paralisação na sexta-feira da semana passada (13/11), mas os sindicalistas do Norte Fluminense não acataram a decisão e optaram por seguir parados por conta própria.
Nas assembleias realizadas hoje, 556 votaram pelo fim da greve, 255 foram contra e 16 se abstiveram da votação.
O Sindipetro-NF manteve o estado de greve para discutir eventuais descontos de dias trabalhados.
Segundo informações divulgadas pela FUP, o sindicato vai informar à Petrobras que os trabalhadores estão à disposição da empresa. As escalas voltarão a ser seguidas normalmente e a orientação é que os funcionários assumam seus postos e busquem instruções para reembarque nas plataformas.
Até ontem, cinco plataformas de produção em áreas maduras estariam sob comando dos grevistas e com a operação comprometida. Segundo estimativas da Petrobras, a produção foi reduzida em 1,7 milhão de barris desde o início do movimento.
Já a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), entidade que segue em greve e reúne cinco sindicatos, informou hoje em sua página no Facebook que vai convocar novas assembleias, diante da aprovação do fim da greve no Norte Fluminense.
Na manhã desta quinta, 19, a direção da FNP havia indicado a manutenção da greve.
"Com as cinco bases da FNP e as duas bases da FUP em greve, entendíamos que ainda era possível arrancar uma proposta melhor da companhia, sobretudo o abono dos dias parados e a garantia de nenhuma punição", diz a FNP, em nota.
"Entretanto, diante deste novo quadro, a FNP entende que o poder de mobilização da categoria está muito prejudicado. Neste momento, seria um erro sacrificar as bases ainda em luta com o indicativo de continuidade da greve", acrescentou a entidade.