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Sindicato patronal e professores entram em acordo para manter CCT

Nesta terça, 102 escolas tiveram suas atividades suspensas. Se proposta for homologada pelo Tribunal Regional do Trabalho, também haverá reposição salarial

Professores: categoria pode entrar em greve se acordo não for implementado (Facebook/Sinpro/Reprodução)

Professores: categoria pode entrar em greve se acordo não for implementado (Facebook/Sinpro/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 18h45.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 18h45.

São Paulo - O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) aprovou na tarde desta terça-feira, 29, em assembleia com mais de 600 professores associados, a proposta do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) de manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente por um ano.

Nesta terça, 102 escolas tiveram suas atividades suspensas. Se a proposta for homologada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), também haverá reposição salarial da inflação, calculada a partir de uma cesta de indicadores.

A diretora do Sinpro-SP, Silvia Barbára, explicou a Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que, enquanto o acordo válido por um ano não for homologado na Justiça, a categoria ainda pode deflagrar uma greve.

"Assim como a assembleia aprovou a proposta, foi aprovado que ainda pode entrar em greve, se este acordo não for implementado", disse. A greve teria início nesta quinta-feira.

O presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva, comentou os próximos passos. "Pela proposta, renovaríamos as cláusulas sociais por um ano, para poder voltar a discutir no ano que vem. Vou levar a proposta aos associados, precisamos aprovar em assembleia", afirmou.

Entre os termos que seriam mantidos estão o recesso remunerado dos professores no fim do ano em 30 dias, em vez mudança para 23 dias; duas bolsas de estudo para filhos de professores em escolas com menos de 200 alunos; férias coletivas entre junho e julho, entre outros.

"Até concordo com a posição que o Sinpro-SP teve, de que, na crise pela qual passa o País, mais um embate entre professor e escola é a última coisa que queremos", afirmou Silva. "Ainda assim, é preciso ter em mente que a revisão do recesso escolar é uma questão vital para a escola e teremos que mudar lá na frente", disse.

A diretora do Sinpro-SP, por sua vez, sinalizou que também deverá reivindicar mudanças na negociação do ano que vem. "Da mesma forma que ele pode propor uma revisão do recesso escolar, iremos propor a hora tecnológica", disse. A demanda dos professores, explicou Silvia, decorre da sobrecarga de trabalho a partir de avanços tecnológicos.

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