Brasil

Sindicato dos motoristas e cobradores suspende greve dos ônibus de SP marcada esta quarta-feira

A suspensão foi anunciada após reunião dos representantes do sindicato com o presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite (União)

Ônibus em São Paulo (Cidade de São Paulo no X/Divulgação)

Ônibus em São Paulo (Cidade de São Paulo no X/Divulgação)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 2 de julho de 2024 às 22h48.

Última atualização em 2 de julho de 2024 às 23h24.

Tudo sobreGreves
Saiba mais

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTrusp) decidiu suspender a greve que estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira, 3. A decisão foi anunciada após uma reunião entre os trabalhadores e o presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite (União).

O recuo da categoria acontece após um acordo costurado por Leite entre o SMTTrusp e o SPUrbanuss, sindicato das empresas de ônibus de São Paulo. Os termos negociados para a suspensão da paralisão não foram anunciados.

Até o início da noite, os trabalhores afirmavam que somente adiaram a greve em caso de apresentação de uma nova proposta das empresas que atendessem todas as reivindicações do sindicato.

A expectativa é que o sindicato realiza uma nova assembleia na quarta-feira para decidir as proximas ações dos trabalhadores.

Nas últimas semanas, os motoristas, cobradores e as empresas de ônibus realizaram reuniões para chegar em um acordo sobre a campanha salarial, mas sem sucesso. Nesta terça-feira, uma audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho terminou sem um consenso.

No início do mês, a categoria adiou uma paralisação prevista para o dia 7 de julho após reunião entre os motoristas e as empresas de ônibus na Justiça do Trabalho.

O que pedem os motoristas de ônibus de SP?

Os trabalhadores pedem reajuste de 3,69% pelo IPCA (inflação oficial), mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, indíce calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O sindicato patronal apresentou uma proposta de reajuste salarial de 3,60%, índice acima do INPC do período (3,23%), o que poderá ser ainda elevado a depender do índice que for definido pela FIPE no salariômetro, podendo este chegar a 4%, segundo previsões iniciais.

A proposta salarial é considerada suficiente pelo sindicato dos motoristas e cobradores, mas a categoria entende que outros pleitos precisam ser atendidos para o fechamento do acordo total. São eles, além do reajuste salarial:

  • Jornada de trabalho de 6h30min. trabalhadas e 30 minutos de intervalo remunerado,
  • Ticket refeição mensal no valor diário de R$ 38,00
  • Ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
  • Cesta básica com produtos de qualidade e o fim do termo "similar".
  • Seguro de vida de 10 salários mínimos para o motorista e de 5% sobre o valor vigente para os demais trabalhadores.

Rodízio segue suspenso

Após o acordo para a suspensão da greve, a prefeitura de São Paulo anunciou que manteve a suspensão do rodízio nesta quarta-feira.

Acompanhe tudo sobre:Greves

Mais de Brasil

Censo 2022: Rocinha volta a ser considerada a maior favela do Brasil

Censo 2022: favelas de São Paulo ganharam quase um milhão de moradores nos últimos 12 anos

Pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas, indica Censo

Censo 2022: veja o ranking das 20 favelas mais populosas do Brasil