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Sindicato denuncia compartilhamento de berços no Ceará

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará divulgou foto em que três bebês aparecem dormindo no mesmo berço em hospital


	Bebês: sindicato diz que o compartilhamento de berços por mais de um recém-nascido é uma prática que vem ocorrendo com frequência na unidade
 (Guillermo Legaria/AFP)

Bebês: sindicato diz que o compartilhamento de berços por mais de um recém-nascido é uma prática que vem ocorrendo com frequência na unidade (Guillermo Legaria/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 00h01.

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará (Sindsaúde- CE) divulgou hoje (14) uma foto em que três bebês aparecem dormindo no mesmo berço no setor neonatal do Hospital Geral Dr. César Cals, em Fortaleza.

O sindicato diz que o compartilhamento de berços por mais de um recém-nascido é uma prática que vem ocorrendo com frequência na unidade e desrespeita regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por trazer riscos de infecções.

O Sindsaúde denuncia também a superlotação da sala de parto, que teria capacidade para dez mães, mas comportava 21 mulheres na manhã desta segunda-feira. A presidenta da entidade, Marta Brandão, disse que vai denunciar a situação ao Ministério Público e à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Ceará.

"Entendemos isso como uma violência às mães, aos bebês e aos profissionais, que não têm condições de cuidar dos pacientes desta forma."

O Hospital Geral Dr. César Cals informou, por meio de nota divulgada pela assessoria de comunicação, que o governo do estado, responsável pela gestão da unidade, está concluindo a reforma da maternidade e do setor neonatal.

Os ambientes passarão a ter 36 leitos de médio risco e 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. A nota acrescenta ainda que uma segunda unidade, o Hospital Maternidade José Martiniano de Alencar, funciona como apoio e retaguarda  com 24 leitos de alojamento conjunto e com dez leitos de média complexidade.

Problemas como superlotação e também falta de insumos nos hospitais geraram uma crise na saúde pública do Ceará este ano. As denúncias e os debates em busca de soluções envolveram diversos setores, como a Defensoria Pública do Estado e os Ministérios Públicos Estadual e Federal.

Em maio, o governador Camilo Santana atribuiu a crise ao subfinanciamento da área. Em julho, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, liberou um aporte de R$ 113,2 milhões para a saúde do Ceará – incremento de 25% no repasse anual da União para o estado, que, atualmente, é de cerca de R$ 400 milhões.

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