Brasil

Sindicato acionará Justiça contra jogos às 13h na Copa

A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol está preocupada com os efeitos do calor sobre a saúde dos jogadores


	Fifa: se não puderem ser adiados os jogos, o sindicato vai pedir como alternativa a adoção de paradas para reidratação durante as partidas
 (Harold Cunningham/Getty Images)

Fifa: se não puderem ser adiados os jogos, o sindicato vai pedir como alternativa a adoção de paradas para reidratação durante as partidas (Harold Cunningham/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 09h19.

São Paulo - Preocupada com os efeitos do calor sobre a saúde dos jogadores, a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) promete entrar na segunda-feira com uma ação judicial contra a Fifa pedindo a alteração de 24 jogos da Copa marcados para as 13 horas.

Se não puderem ser adiados, o sindicato que defende os direitos dos jogadores vai pedir, como alternativa, a adoção de paradas para reidratação durante as partidas.

A ação se baseia em um estudo científico realizado no ano passado que comprovaria os malefícios das altas temperaturas sobre o organismo dos atletas - os resultados oficiais serão divulgados nesta sexta.

Entre junho e julho (mesmo período da Copa), foram realizados quatro jogos-teste com atletas profissionais em Manaus, Brasília, Fortaleza e São Paulo às 13 e 15 horas.

Os atletas ingeriram uma cápsula com um sensor térmico e um aparelho media a temperatura corporal em diversos momentos do jogo.

A pesquisa foi coordenada pelo fisiologista Turíbio Leite de Barros, um dos mais renomados especialistas brasileiros em Fisiologia do Exercício.

O advogado Eduardo Novaes informa que o sindicato decidiu adotar medidas judiciais depois de notificar a Fifa inúmeras vezes sobre os dados do estudo.

No final do ano passado, o presidente da Fenapaf, Rinaldo Martorelli, entregou o estudo pessoalmente ao presidente da Fifa, Joseph Blatter. Sem obter respostas satisfatórias, o sindicato decidiu entrar com a ação judicial faltando menos de 30 dias para o Mundial.

"A intenção do sindicato era resolver a questão com a Fifa amigavelmente. Em função da proximidade do início da Copa, a ação também prevê a possibilidade de hidratação dos atletas durante os jogos. Não é o ideal, é só uma alternativa", diz Novaes.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFifaFutebol

Mais de Brasil

X, antigo Twitter, tem volta gradual no Brasil após decisão do STF

CCJ da Câmara aprova PEC que limita decisões individuais de ministros do STF

Horário eleitoral na TV e no rádio será retomado nesta semana nas 52 cidades que terão 2º turno