"O protesto naquele horário (por volta das 20h30) e naquele local (Avenida Paulista) seguia tranquilo até a chegada da polícia, que jogou bombas nos manifestantes", disse Altino Prazeres Júnior (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2013 às 17h39.
São Paulo - O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, disse que, se o governo do Estado quiser cobrar alguém pelos danos causados ao metrô durante o protesto pela redução da tarifa que aconteceu nesta quinta-feira, 6, que mande a conta para a Polícia Militar (PM).
"O protesto naquele horário (por volta das 20h30) e naquele local (Avenida Paulista) seguia tranquilo até a chegada da polícia, que jogou bombas nos manifestantes", disse.
Prazeres Júnior foi detido para averiguação durante o protesto, após se identificar como presidente do Sindicato dos Metroviários. Ele ficou até as 3 horas desta sexta-feira na carceragem do 78.° Distrito Policial (Jardins), quando foi liberado sem nenhuma acusação. Prazeres Júnior fez duras críticas à atuação da PM na repressão do protesto, que classificou ter sido feita "com fígado" pelos policiais.
"O protesto, como algo coletivo, foi pacífico. Ocorreram alguns excessos. A ação da PM, também de forma coletiva, foi truculenta. O papel da PM não é criar tumultos. É evitar que os tumultos ocorram, assim como os seguranças do metrô são treinados para fazer."
O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo se solidarizou com os agentes de segurança do metrô que ficaram feridos ao tentar evitar que o patrimônio público fosse depredado.
Prazeres Júnior afirmou também que o sindicato colabora com o Movimento Passe Livre, mas não exerce uma liderança. Nesta quinta-feira, de acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários, oito representantes da entidade estavam na manifestação. Eles procuraram abrigo dentro do Shopping Pátio Paulista quando a PM avançou na Praça Oswaldo Cruz, mas ele ficou de fora.
A detenção aconteceu após Prazeres Júnior procurar o comando dos policiais para verificar se havia condições de segurança para os colegas saírem. Apesar de se mostrar indignado com a detenção, o presidente do sindicato disse que os policiais foram simpáticos com ele e não truculentos. Prazeres Júnior não analisou, por enquanto, se processará o governo de São Paulo.