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Simulação de risco de desastres mobiliza 400 mil no RJ

Centenas de milhares de pessoas participaram hoje de treinamentos simulados de desocupação de prédios e áreas em risco geológico em 88 cidades do Rio de Janeiro


	Desastres causados pela chuva em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ): em todo o estado, 364 prédios foram desocupados
 (Vladimir Platonov/ABr)

Desastres causados pela chuva em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ): em todo o estado, 364 prédios foram desocupados (Vladimir Platonov/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h54.

Rio de Janeiro – Centenas de milhares de pessoas participaram hoje (29) de treinamentos simulados de desocupação de prédios e áreas em risco geológico em 88 cidades do Rio de Janeiro. Houve também operações sobre como agir em caso de desastres naturais. Em todo o estado, 364 prédios foram desocupados. Na capital, 235 edificações foram evacuadas nesta manhã, com o auxílio de militares do Corpo de Bombeiros e técnicos da Defesa Civil Estadual.

No centro da cidade, dezenas de edifícios públicos e particulares aderiram à iniciativa, que marca o Dia Estadual de Redução de Riscos de Desastres e foi promovida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional, e pelo governo estadual.

Segundo Fernando Souza da Silva, secretário da área de Meio Ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos edifícios em que houve treinamento simulado, a iniciativa permite que, em eventual acidente, as pessoas saibam como agir para que o escape ocorra sem atropelos. “Participamos desse tipo de simulação todos os anos, às vezes, duas vezes por ano. Se, algum dia, houver alguma ocorrência de incêndio, por exemplo, vamos descer com tranquilidade, pois já temos a prática”, disse ele.

De acordo com o secretário da Defesa Civil, Sérgio Simões, o objetivo das ações, que mobilizaram mais de 400 mil pessoas, foi alertar a sociedade para riscos cotidianos, como incêndios, acidentes domésticos e de de trânsito. “Esta foi uma grande mobilização, mas o Corpo de Bombeiros está sempre à disposição para que os exercícios sejam feitos rotineiramente”, destacou Simões.


Ele ressaltou que, no caso das comunidades em áreas de risco geológico que dispõem de sistemas de alerta e alarme por sirenes, os exercícios são mensais. “Todo dia 10 de cada mês, acionamos o sistema de alarme e fazemos uma campanha de esclarecimento para que as comunidades se habituem naturalmente a atender ao sinal de alarme e a buscar um local seguro para se abrigar.” Na região serrana, as sirenes foram acionadas simultaneamente em 54 comunidades, em simulações que envolveram mais de 60 mil pessoas.

O exercício simulado desta sexta-feira contou também com a participação de alunos do ensino fundamental. Entre alunos, professores, funcionários e diretores, mais de 100 mil pessoas de 350 escolas de 88 municípios fluminenses participaram da ação. Os treinamentos envolveram ainda cerca de 2 mil militares, que usaram 136 viaturas nos exercícios.

No Largo da Carioca, também no centro do Rio, bombeiros ensinavam práticas de prevenção do dia a dia. Por curiosidade, a aposentada Cida Costa, de 70 anos, parou em uma das tendas, ao sair de uma consulta médica. “Aprendi muitas coisas interessantes, como cuidar de um bebê, quando ele engasga. Agora, qualquer neném que passar mal já sei como fazer.”

O freelancer Mário Barobosa do Nascimento, de 44 anos, aprendeu que, em caso de queimadura, o indicado é molhar a ferida com água e, se surgir bolha, não estourá-la. “Para mim, era só passar manteiga, água sanitária ou pasta de dente. Para mim, era normal esse procedimento. Só agora que aprendi que estava tudo errado.”

O advogado Alexandre Catramby, de 36 anos, participou de uma simulação de ressuscitação com um boneco. Catramby disse que esses treinamentos deveriam ser rotineiros e fazer parte da grade curricular escolar. “Algumas coisas básicas deveriam fazer parte do ensino médio, afinal, ninguém está livre de deparar com uma situação dessas.”

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