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Simone Tebet no Jornal Nacional: confira os principais destaques da entrevista

Tebet foi a última entrevistada da série do Jornal Nacional com os quatro candidatos a presidente mais bem colocados nas pesquisas eleitorais de intenção de voto

Simone Tebet: senadora foi a última entrevistada do Jornal Nacional. (Globo / João Miguel Jr. / TV Globo/Divulgação)

Simone Tebet: senadora foi a última entrevistada do Jornal Nacional. (Globo / João Miguel Jr. / TV Globo/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 26 de agosto de 2022 às 20h56.

Última atualização em 26 de agosto de 2022 às 21h31.

A candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), foi a última entrevistada, nesta sexta-feira, 26, da série do Jornal Nacional com os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. Ao longo desta semana, passaram pela bancada do JN, nesta ordem, o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante 40 minutos, a senadora pelo Mato Grosso do Sul respondeu a perguntas dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos sobre as principais propostas da candidata, como também questões sobre sua vida pública.

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Entre os assuntos que Tebet defendeu e apresentou aos eleitores que assistiram ao jornal da TV Globo, estava a crítica à reeleição para o cargo de presidente da República, além do chamado orçamento secreto, que dificulta o rastreio de recursos públicos. Em entrevistas, ela já tem dito que "com uma caneta" vai dar mais transparência nas contas do governo.

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Veja os principais destaques da entrevista

Corrupção

Renata Vasconcellos questionou a candidata sobre os escândalos de corrupção cujo MDB esteve envolvido no passado. Tebet reconheceu a ocorrência desses desvios, mas justificou dizendo que essas pessoas "não fazem parte da sua candidatura". "Temos que deixar de lado esse presidencialismo de coalizão, que na verdade é de cooptação". afirmou. 

A candidata do MDB também afirmou que a indicação de ministros será feita entre os partidos que estão envolvidos na sua chapa. "Tem que ser honesto e ser competente, independentemente de qualquer outro posicionamento. Vamos garantir a independência do MP [Ministério Público], da PGR [Procuradoria-Geral da República], da PF [Polícia Federal], para fazer transparência", disse. 

Economia e imposto

Dentro da área econômica, Tebet disse que está cercada do "melhor time de economistas". Na agenda de trabalho, estão dois pontos principais: erradicar a miséria e acabar com a pobreza.

Para colocar em prática este projeto, ela disse que pretende, primeiro, acabar com o chamado do orçamento secreto. Nas contas de Tebet, com esse valor seria possível construir casas para 1 milhão de pessoas.

"Para o próximo ano vamos extrapolar o teto de gastos em 60 bilhões de reais para cobrir essa transferência de renda. Garantir 600 reais para as pessoas que têm fome", disse.

Tebet ainda defendeu taxar lucros e dividendos, hoje isentos, além de agilizar a aprovação da reforma tributária, que está parada no Congresso Nacional.

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Tebet nas pesquisas de intenção de voto

De acordo com a pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada nesta quinta-feira, 25, em uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados previamente, o ex-presidente Lula tem 44% das intenções de voto, mesmo número registrado na pesquisa feita há um mês. Já Jair Bolsonaro saiu de 33% para 36%. O aumento está no limite da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A distância entre os dois caiu de 11 para 8 pontos.

Na série histórica da pesquisa, a maior distância entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno foi registrada em janeiro deste ano, quando estava em 17 pontos. O petista conseguiu crescer neste período, de 41% em janeiro, para os 44% agora. Bolsonaro, candidato à reeleição, também cresceu, mas em um salto maior, de 12 pontos percentuais - saiu de 24% no começo do ano.

(Arte/Exame)

Ainda na simulação de primeiro turno, Ciro Gomes (PDT) aparece com 9%, e Simone Tebet (MDB), 4%. Os demais candidatos fizeram 1% ou não pontuam. Brancos e Nulos somam 2%, e aqueles eleitores que dizem que não sabem são 3%.

Para a pesquisa, foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 19 e 24 de agosto. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-02405/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Veja o relatório completo.

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