Brasil

Simefre espera que leilão do trem-bala seja adiado

Associação que reúne empresas do setor pediu oficialmente o adiamento por seis meses da licitação

Pelo cronograma, os envelopes da licitação devem ser  abertos em 16 de dezembro  (Alvaro Teixeira/Arquivo)

Pelo cronograma, os envelopes da licitação devem ser abertos em 16 de dezembro (Alvaro Teixeira/Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 21h22.

O diretor executivo do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Francisco Petrini, espera que o governo sinalize até amanhã ou sexta-feira, no máximo, se irá ou não adiar o leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala que interligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

O cronograma da concessão prevê a entrega dos envelopes pelos consórcios no próximo dia 29. A sessão pública do leilão acontecerá em 16 de dezembro.

Segundo o executivo, o edital previa que pedidos de interferência poderiam ser feitos até ontem, quando o sindicato e outras quatro associações enviaram pedido formal de adiamento à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), de pelo menos seis meses.

O documento ressalta que o tempo extra permitirá o amadurecimento, a consolidação e a otimização das várias propostas em desenvolvimento, permitindo à indústria nacional a oportunidade de participar do empreendimento. "Consideramos que tal extensão de prazo deverá ser compensada adiante, em face da melhor qualidade da proposta advinda desta extensão", afirma.

A carta ressalta que o interesse da indústria brasileira no projeto do TAV tem sido muito grande desde antes do início do processo licitatório, e que o setor atendeu prontamente aos chamados do governo, para discutir a possibilidade de participação nesse processo.

"Entendemos que a indústria brasileira tem plena capacidade, além do interesse, de participar deste empreendimento, que vai simbolizar uma nova fase na história das ferrovias no Brasil", destaca a carta. O documento pondera, no entanto, que o projeto é "extremamente complexo e requer um amálgama de competências que não é simples de reunir".

As entidades ressaltam que várias informações essenciais, como as modalidades detalhadas dos financiamentos do BNDES e as condições de participação dos fundos de pensão que entrarão no capital do projeto, só foram divulgadas oficialmente há pouco tempo, dificultando a possibilidade de compleição de propostas técnicas e comerciais em tempo hábil à participação na concorrência.

Além do Simefre, que tem como associadas as principais detentoras de tecnologia de trem de alta velocidade como a Alstom, CAF, Siemens e Bombardier, também assinam o documento a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), o Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (Sindimaq), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilFerroviasInfraestruturaLicitaçõesSetor de transporteTransporte públicoTransportesTrem-balaTrens

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas