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Silveira diz que discute com Lula a construção de nova 'grande hidrelétrica' como a Itaipu

Ministro de Minas e Energia disse que pretende retomar investimentos em grandes usinas hidrelétricas

Agência o Globo
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Publicado em 22 de agosto de 2025 às 16h31.

Última atualização em 22 de agosto de 2025 às 16h32.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta sexta-feira que tem discutido a construção de uma nova grande usina hidrelétrica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Silveira citou o acordo firmado com a Bolívia para elevar a geração hidrelétrica no Rio Madeira e disse que a Itaipu Binacional serve de inspiração para uma nova usina.

— Em especial, para a retomada de grandes hidrelétricas, ampliamos a cooperação com a Bolívia para aproveitar o potencial do Rio Madeira. Falei com o presidente Lula sobre a importância de enfrentar esse debate e a ideia é avançar. Quem sabe uma nova binacional à caminho, repetindo o sucesso da Itaipu — afirmou Alexandre Silveira.

O ministro disse que o governo pretende avançar em empreendimentos com o complexo hidrelétrico do Tapajós, na Amazônia. A construção do projeto está paralisado há por entraves de licenciamento.

As declarações foram dadas pelo ministro durante evento de apresentação dos resultados de leilão realizado nesta sexta-feira para contratação de energia de pequenas hidrelétricas.

O certame movimentou R$ 5,5 bilhões em investimentos para viabilizar obras de 65 usinas hidrelétricas em 13 estados, com início de fornecimento previsto para 1º de janeiro de 2030, atendendo à demanda das distribuidoras no mercado regulado, que abastece consumidores residenciais e pequenas e médias empresas.

O certame movimentou R$ 5,5 bilhões em investimentos para viabilizar obras de 65 usinas hidrelétricas em 13 estados, com início de fornecimento previsto para 1º de janeiro de 2030, atendendo à demanda das distribuidoras no mercado regulado, que abastece consumidores residenciais e pequenas e médias empresas.

Silveira destacou a importância das pequenas hidrelétricas para o setor elétrico brasileiro.

— Elas causam menor impacto e podem atuar como baterias do nosso sistema elétrico. Dão estabilidade e complementam as fontes intermitentes somo a solar e eólica. Além disso, as PCH’s são espalhadas no território nacional, reduzindo a necessidade de investimentos em grandes corredores de transmissão — disse o ministro.

A negociação desta sexta-feira permitiu a contratação de 815,6 megawatts em potência e 384,5 megawatts médios em eletricidade de usinas a serem construídas em estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O montante financeiro negociado foi de R$ 26,6 bilhões.

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