Brasil

Siderúrgicas brasileiras reduzem preços no 2º semestre

Os preços do aço plano já caíram entre 10% e 20% nas duas últimas semanas

Siderúrgicas nacionais reduzem os preços no mercado local em até 20% para as entregas no segundo semestre (.)

Siderúrgicas nacionais reduzem os preços no mercado local em até 20% para as entregas no segundo semestre (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Rio - Com os estoques de aço no Brasil subindo após um forte aumento nas importações, as siderúrgicas nacionais estão reduzindo os preços no mercado local em até 20% para as entregas no segundo semestre. "Os preços do aço plano já caíram entre 10% e 20% nas duas últimas semanas, dependendo da linha do produto, para combater as importações", afirma Christiano da Cunha Freire, presidente da Frefer Metal Plus, uma das maiores distribuidoras independentes de aço do Brasil.

Embora a demanda por importações esteja caindo agora, após as empresas locais reduzirem seus preços, Freire acredita que a situação dos estoques só deve se normalizar em novembro. O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) informou que os estoques de aço do País subiram em julho para o equivalente a cerca de quatro meses de consumo, a 1,255 milhão de toneladas, um recorde. O nível médio dos estoques é equivalente a 2,6 meses de consumo.

Guerra de preços
O Barclays Capital prevê que o preço do aço no Brasil no segundo semestre cairá entre 5% e 10%, enquanto a Steelcom do Brasil, um trader com sede em São Paulo, acredita numa redução de 12%. "Uma pequena guerra de preços está acontecendo", disse Leonardo Correa, do Barclays Capital, em um relatório enviado aos seus clientes.

"Os preços do aço brasileiro estão caindo. Mesmo a primeira rodada de um aumento entre 10% e 12% está comprometida", disse o analista, referindo-se a tentativas de aumento feitas em abril e maio por empresas como Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Usiminas e ArcelorMittal. Segundo ele, essa tentativa de aumento não chegou a ser implementada totalmente, por causa das crescentes importações e dos estoques elevados. Com informações da Dow Jones.

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