TEMER, RENAN E AÉCIO: os três se reuniram para discutir o processo de impeachment / Ueslei Marcelino/ Reuters
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2016 às 07h32.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h22.
União vs. estados
O julgamento das ações que estados enviaram ao Supremo Tribunal Federal sobre o cálculo da dívida deles com a União foi adiado por 60 dias. A proposta é que as partes possam negociar diretamente. Apesar disso, o Tribunal se mostrou mais favorável à tese do governo, de que os juros das dívidas devem ser calculados por juros compostos — e não simples, como pleiteiam os estados. Mas, graças a liminares concedidas, nos próximos dois meses os estados pagarão juros simples mesmo.
—
Temer social
O vice-presidente Michel Temer estuda pagar bônus a professores de acordo com o desempenho dos alunos, caso assuma o governo. O sistema já é adotado em estados como São Paulo e Piauí e consta de documento com propostas sociais que deve ser lançado e também trará reformas no ensino médio com foco no ensino profissionalizante. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
—
Quem dá mais
Também faz parte do programa social de Temer um reajuste do Bolsa Família, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Detalhe: a presidente Dilma Rousseff estuda reajustar o Bolsa Família nas próximas semanas. A medida foi discutida com movimentos sociais nesta quarta-feira e teria como objetivo tirar o doce da boca de Temer.
—
Ponte para o futuro?
O presidente do Senado, Renan Calheiros, encontrou-se nesta quarta-feira com o vice-presidente da República, Michel Temer, e o senador Aécio Neves, do PSDB. Na residência oficial do Senado, o presidente do PSDB defendeu uma “agenda emergencial”, que comece com a preservação das investigações da Operação Lava-Jato. Na pauta também esteve o fim da reeleição, tema que deve facilitar o apoio dos tucanos a um eventual futuro governo.
—
Divórcio litigioso I
A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta quarta-feira que seu afastamento temporário do cargo é “inevitável”. Neste momento, o Senado vota se aceita ou não a decisão da Câmara de afastá-la. Dilma começou a traçar uma agenda para defender seu mandato no processo de julgamento do impeachment no Senado, que deve acontecer até setembro ou outubro. A presidente não quer deixar para Temer medidas que foram elaboradas em seu governo, como licitações em aeroportos, concessões de portos e medidas tributárias, como mudanças no Supersimples. A ideia do governo é retirar de Dilma uma pecha de derrotada e mostrar que ainda tem apoio popular.
—
Divórcio litigioso II
Deputados do PT reuniram-se nesta terça-feira e decidiram que não haverá transição de governo, processo no qual há transmissão de informações sobre cada pasta e sobre o cenário das políticas públicas vigentes. O encontro, que foi comandado pelo presidente do PT, Rui Falcão, teve a participação do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
—
Salvando Cunha
Os deputados do PMDB trabalham com a ideia de ajudar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a se salvar do processo de cassação de seu mandato que corre no Conselho de Ética. A ajuda, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, deve vir da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por analisar recursos que vierem do processo no conselho. Neste ano, o PMDB tem a prerrogativa de apontar o presidente da comissão. Ou seja, possivelmente pode ser lançado um aliado do peemedebista, o que evitaria que o processo fosse ao plenário da Casa, onde os resultados são mais imprevisíveis e a chance de Cunha diminui.
—
Bolsa a 54.000
O Ibovespa subiu 2,63% nesta quarta-feira e terminou o dia em 54.477 pontos. É o maior patamar desde maio de 2015. As notícias políticas continuam a pesar sobre as negociações. Contribuíram para a alta também a divulgação de balanços e a alta do petróleo. O movimento de alta se acelerou depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, anunciou a manutenção da taxa de juros do país entre 0,25% e 0,50% na tarde desta quarta-feira.
—
De volta ao jogo
O banco BTG Pactual anunciou nesta quarta-feira que o seu ex-controlador, André Esteves, voltará ao grupo de sócios da instituição na condição de “sênior partner”. Segundo comunicado, Esteves vai aconselhar o banco “em temas estratégicos e apoiando o desenvolvimento de suas atividades e operações”. Não haverá mudança no controle.