São Paulo - O setor alimentício foi o responsável pela criação da maior parte dos empregos da indústria paulista em janeiro, segundo dados divulgados hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No mês, o setor registrou 4.767 novos postos de trabalho de um total de 15,5 mil vagas criadas pela indústria paulista como um todo. Na avaliação do diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, o resultado está relacionado ao início da safra da cana-de-açúcar no Estado.

Outro setor que teve destaque no número de contratações foi o de veículos automotores, com a criação de 2.365 postos de trabalho, seguido por máquinas e equipamentos (2.138), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (1.900), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1.150), produtos químicos (1.144) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1.008).

Os setores que mais demitiram no mês de janeiro foram os de coque e produtos derivados do petróleo e biocombustível, com a dispensa de 1.373 trabalhadores, confecção de artigos para vestuário e acessórios (900) e couro e calçados (852).

De acordo com Francini, o resultado do nível de emprego da indústria paulista em janeiro, cujo crescimento foi de 0,44% ante dezembro com ajuste sazonal e de 0,61% sem ajuste sazonal, foi positivo. "Foi um mês com comportamento normal de expansão de emprego. Não tivemos um mês com grandes emoções", disse.

Dos 22 setores nos quais a Fiesp divide a indústria para realizar a pesquisa, 15 contrataram, cinco demitiram e dois mantiveram o nível de emprego estável. Das 36 diretorias regionais no Estado, 24 registraram aumento no emprego, 11 queda e uma manteve estabilidade. "De forma geral, podemos dizer que 70% dos setores da indústria e 70% do Estado registraram alta no emprego. Na Grande São Paulo, o nível de emprego da indústria aumentou 0,38% e no interior, 0,85%."

Entre as regiões, os destaques positivos foram Araraquara, com crescimento de 4,06% no emprego, São Carlos (3,93%) e Sertãozinho (3,62%), todas relacionadas a contratações de usinas de açúcar e álcool. Já as regiões de Matão, Franca e Jacareí registraram queda de, respectivamente, 2,55%, 1,91% e 1,37%.

No caso de Matão, a redução está relacionada à indústria de suco de laranja. Em Franca, as demissões ocorreram principalmente no setor de couro e calçados. Em Jacareí, as demissões ocorreram principalmente na indústria de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos.