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7 brasileiros morrem em naufrágio na fronteira com Paraguai

Embarcação turística naufragou no rio Paraguai, 650 km ao norte de Assunção

Mergulhadores da Marinha brasileira procuram vítimas do naufrágio ocorrido na fronteira Brasil-Paraguai (Jota Ricio/AFP)

Mergulhadores da Marinha brasileira procuram vítimas do naufrágio ocorrido na fronteira Brasil-Paraguai (Jota Ricio/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 22h50.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 14h37.

Assunção - Já chega a oito o número de mortos no naufrágio de uma embarcação turística no rio Paraguai, 650 km ao norte de Assunção, após o resgate de cinco corpos nesta sexta-feira.

Há sete brasileiros entre as vítimas fatais.

A Secretaria de Emergência Nacional informou que mergulhadores das Marinhas paraguaia e brasileira encontraram os restos mortais de cinco pessoas. Na quarta-feira, outros três corpos já haviam sido achados. Seis pessoas continuam desaparecidas, completou o porta-voz do órgão.

O acidente aconteceu a 50 metros do atracadouro no porto da cidade de Carmelo Peralta, frente ao município brasileiro de Porto Murtinho.

Dezenas de familiares dos 16 turistas brasileiros que contrataram o barco paraguaio de turismo "Sueño del Pantanal" para pescar continuavam no local, nesta sexta, na expectativa de que outros corpos sejam encontrados.

A embarcação levava dez tripulantes paraguaios. Um deles foi encontrado morto, e outros dois continuam desaparecidos - entre eles o proprietário e capitão do barco.

Um dos sobreviventes, o brasileiro Francisco Segundo, do Mato Grosso do Sul, contou à emissora Nativa, de Carmelo Peralta, que se salvou "pela graça de Deus".

"Foi desesperador. Tudo aconteceu em uma fração de minutos. Eu me salvei pela graça de Deus", afirmou.

Ele lembrou que o capitão e dono do "Sueño del Pantanal", Luis Penayo, havia mandado preparar um assado para seus clientes, com os quais navegou por cinco dias.

"Estávamos a 50 metros do cais, quando começou a soprar um vento muito forte que fez tudo voar", relatou.

"Imediatamente, outro vento forte atingiu o barco. Ouvimos quando os vidros quebraram, e tudo começou a cair, até virar rapidamente", completou.

"Tentamos nos agarrar a qualquer coisa. Tinha muita gente dentro, nos camarotes, e eles não tiveram tempo de sair. As ondas que se formaram tinham até dois metros de altura. Era o fim", desabafou.

O brasileiro disse que foi resgatado em um dos botes auxiliares. "Vimos o barco afundando", lembrou, aos prantos.

As autoridades divulgaram o último boletim com o nome das vítimas fatais: os brasileiros Sigmey Romano, Antonio Porteiros, Leandro Domizetti Alves, Roberto Villona, Eloy Muller, Paulo Aparecido Barboza e Manoel Coelho Siena, além do paraguaio Darío Talavera.

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