Brasil

Sessões do Congresso e da Câmara são canceladas por Delcídio

Sessões foram canceladas em virtude da prisão do senador Delcídio do Amaral pela Lava Jato


	Congresso Nacional: mesmo com o cancelamento das sessões, a Câmara não fez qualquer sessão plenária no dia de hoje
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Congresso Nacional: mesmo com o cancelamento das sessões, a Câmara não fez qualquer sessão plenária no dia de hoje (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2015 às 20h46.

Brasília - As sessões deliberativas do Congresso Nacional, marcadas para hoje (25), para a apreciação de vetos presidenciais e dos projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do que altera a meta de superávit deste ano foram canceladas em virtude da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ocorrida na manhã de hoje. Inicialmente a sessão do Congresso estava marcada para as 11h30 foi transferida para as 15h e finalmente cancelada, sem data marcada para ocorrer.

O cancelamento das sessões do Congresso ocorreu porque o Senado tinha que se reunir para deliberar sobre o pedido de prisão do senador Delcídio do Amaral feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a chegada do pedido do STF, o Senado deu inicio à sessão destinada a decidir sobre o pedido de prisão do senador. Senadores da oposição querem que a votação do pedido de prisão ocorra em votação aberta.

Mesmo com o cancelamento das sessões do Congresso, a Câmara não fez qualquer sessão plenária no dia de hoje.

O presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que não havia condições de fazer sessão deliberativa, uma vez que a pauta está trancada por dois projetos de lei e que “há divergência muito grande” em relação ao texto do primeiro projeto a ser votado.

Cunha informou que o governo iria fazer uma rodada de negociações para buscar o entendimento para a votação do projeto, que fixa novas normas para o cálculo do teto de remuneração do servidor público e dos agentes políticos, previsto na Constituição.

Segundo ele, como não houve a negociação, líderes governistas iriam apresentar requerimento para o adiamento da votação do projeto, o que inviabilizaria a sessão da Câmara.

“A gente iria votar o teto amanhã e, com essa confusão, a liderança do governo cancelou as reuniões e aí não vai votar. Eu cancelei a sessão da Câmara porque não ia dar para votar o projeto”, disse.

Cunha disse que o episódio da prisão do senador Delcídio do Amaral acabou afetando os trabalhos das duas Casas Legislativas.

Ele informou que havia combinado com o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que o dia de hoje seria todo dedicado às votações do Congresso.

“Não tenho dúvida que é um processo [votação do senador do Delcídio do Amaral] que acaba afetando a Casa como um todo”, disse.

Em relação ao pedido de afastamento do presidente da Câmara, protocolado por partidos da oposição na Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha disse que é direito deles.

“Eles fazem o que achar que devam fazer. Ontem, eles foram para a obstrução e não conseguiram paralisar a Casa. Foram derrotados. O único efeito que conseguiram foi unir a base do governo toda para derrotar parte da oposição. [Eles] demonstraram que não têm votos para impedir o funcionamento da Casa”, disse Eduardo Cunha.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCongressoOperação Lava JatoPolítica no BrasilSenadoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil