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Servidores do Tesouro Nacional vão parar na sexta-feira, avisa sindicato

A ação faz parte da pressão que a categoria tem feito desde janeiro ao governo de Jair Bolsonaro por reajuste salarial

Tesouro Nacional: as ações foram deliberadas em assembleia geral extraordinária nesta semana (Adriano Machado/Reuters)

Tesouro Nacional: as ações foram deliberadas em assembleia geral extraordinária nesta semana (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de março de 2022 às 11h17.

Última atualização em 24 de março de 2022 às 11h49.

Os servidores do Tesouro Nacional vão parar na sexta-feira, 25, e nada vai funcionar no órgão nesse dia, avisa a Unacon Sindical que representa auditores e técnicos federais de finanças e controle. A ação faz parte da pressão que a categoria tem feito desde janeiro ao governo de Jair Bolsonaro por reajuste salarial.

Além disso, a partir desta quinta-feira, 24, começa no órgão a chamada operação padrão, que afetará todas as áreas do Tesouro. A Unacon ainda não sabe dizer quais atividades serão paralisadas ou impactadas.

Também nesta quinta, servidores do Tesouro vão desistir formalmente das funções de substituições. Na prática, explica o sindicato, isso significa que os secretários, subsecretários e coordenadores ficarão sem seus substitutos. "O termo já tem adesão de 80%", diz a entidade. "Esse é um passo que antecede a entrega de cargos, que também já tem adesão de mais de 50%."

As ações foram deliberadas em assembleia geral extraordinária nesta semana. Os próximos passos da mobilização serão definidos em uma nova assembleia na terça-feira, 29.

A Unacon diz que a remuneração dos servidores está congelada há mais de três anos e que o valor real dos salários dos auditores e técnicos federais de finanças e controle é o menor dos últimos 15 anos.

"E com a aceleração em curso da inflação, as perdas acumuladas podem chegar a 40% ao fim de 2022", calcula a entidade.

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