Prédio do Ministério da Economia, em Brasília (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de março de 2022 às 17h51.
Última atualização em 29 de março de 2022 às 18h08.
O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) decidiu em assembleia encerrada nesta terça-feira, 29, que os servidores do Tesouro Nacional paralisarão os trabalhos na sexta-feira, 1º de abril, e na próxima terça-feira, 5.
A categoria também deve votar na próxima terça a possibilidade de greve por tempo indeterminado.
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O presidente da Unacon, Braúlio Santiago, afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que os servidores do Tesouro decidiram postergar a divulgação de alguns relatórios. "A categoria decidiu atrasar a entrega de alguns relatórios. O primeiro deles será o Relatório Mensal da Dívida Pública, que tinha previsão de ser publicado amanhã. Será postergado", afirmou.
Segundo Santiago, a possibilidade de greve está no radar da categoria, mas ainda há espaço para diálogo. Ele, que também representa os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), afirmou que já se reuniu três vezes com o secretário do Tesouro, Paulo Valle, e com o ministro Wagner Rosário. "A sinalização da área técnica do governo é que não há espaço orçamentário para reajuste para nenhuma categoria. Mas não dá para aceitar que uma carreira descole das outras", disse.
Segundo Santiago, as perdas inflacionárias desde 2019 chegam a 19,9%, mas as categorias policiais têm a promessa de receber reajustes de até 30%. "Nossa luta é para evitar o desalinhamento salarial entre as carreiras do Executivo. Isso seria inédito. A despesa do governo com servidores em percentual do PIB caiu. Com o crescimento das receitas estimadas para o ano, há espaço para o reajuste dos servidores", disse.