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Serra rebate acusação de que privatizará Petrobras

Pelas contas dos tucanos, governo Lula foi quem mais privatizou petróleo, vendendo a 108 empresas privadas

Os candidatos à Presidência: Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Os candidatos à Presidência: Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h14.

São Paulo - No primeiro dia útil da última semana que antecede a eleição no segundo turno, as campanhas eleitorais dos dois candidatos à Presidência da República reprisaram os programas de ontem. O horário eleitoral de hoje foi aberto com o programa do candidato do PSDB, José Serra, que iniciou o tempo na TV rebatendo as declarações dos adversários de que, caso eleito, privatizaria o pré-sal e a Petrobras.

O tucano mostrou números afirmando que a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff privatizaram mais petróleo do que os governos anteriores. Pelas contas da campanha do PSDB, a administração atual entregou petróleo brasileiro a 108 empresas privadas, sendo 55 nacionais e 53 estrangeiras.

Entre as várias empresas estrangeiras que, segundo o programa de Serra, recebeu petróleo do governo Lula estão Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Noruega, Espanha, Portugal, Índia, Colômbia e Argentina.

O programa de Serra destacou as obras do governo paulista sob a gestão do tucano mais do que em outros programas anteriores. Serra mostrou feitos na área da cultura e pontuou alguns deles. Citou o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Futebol e a extensão da Virada Cultural para outras 30 cidades de São Paulo.

"Como diz uma música dos Titãs, 'a gente quer comida, diversão e arte'", parafraseou o tucano, acrescentando que pretende fazer um "governo amigo do jovem". Prometeu combater as drogas com a criação do Ministério da Segurança e de uma Guarda Nacional, envolvendo o Exército e a Polícia Federal (PF).


'Bolinha de papel'

O programa da petista Dilma Rousseff foi aberto com a exibição da carta assinada por Serra quando eleito prefeito de São Paulo, em que se comprometia a não deixar a Prefeitura para concorrer ao governo do Estado, o que não foi cumprido. "Esse documento foi assinado por Serra. Mas ele abandonou a Prefeitura para disputar a eleição de governo. Que valor tem a palavra de um presidente que transforma seus valores e compromissos em uma mera bolinha de papel?", questiona um dos locutores.

Dilma, durante o seu horário, voltou a falar sobre privatização do pré-sal e da Petrobras e bateu na afirmação de que a eleição de Serra seria um "retrocesso". Ela voltou a falar do maior tabu vencido pelo governo Lula, que foi o de fazer a economia crescer e redistribuir renda ao mesmo tempo. Contou com a inserção de uma fala do presidente, afirmando que o País que ficou para trás foi o da desigualdade.

Na área de infraestrutura, a candidata do PT apontou onde irá investir, caso eleita, e falou em construção e reformas de 14 aeroportos, estradas e portos. Na área da saúde, Dilma reforçou seu compromisso com a criação do programa Rede Cegonha, para amparar mulheres gestantes e recém-nascidos. Comprometeu-se com a construção de 6 mil creches. Também repetiu que construirá 2 mil moradias no País.

O programa da petista repetiu um depoimento do vice-presidente da República, José Alencar, afirmando que Dilma tem personalidade para dar continuidade ao governo Lula. Mas a maior parte do programa de hoje foi dedicado à reprise do ato de apoio de cerca de mil artistas e celebridades à campanha. Contou com depoimentos de Chico Buarque de Holanda, Leonardo Boff, Alcione, Beth Carvalho e outros.

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