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Serra pediu caixa dois de R$ 6,4 milhões, afirma Joesley

De acordo com o delator, o senador pediu R$ 20 milhões ao Grupo JBS; os outros R$ 13 milhões foram doados oficialmente

José Serra: o tucano foi candidato ao Planalto em 2002 e em 2010 (Ueslei Marcelino / Reuters/Reuters)

José Serra: o tucano foi candidato ao Planalto em 2002 e em 2010 (Ueslei Marcelino / Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de maio de 2017 às 18h39.

São Paulo - O empresário Joesley Batista confessou, em delação premiada, ter pago R$ 6,4 milhões por meio de caixa dois à campanha do senador José Serra à Presidência da República - o tucano foi candidato ao Planalto em 2002 e em 2010.

Segundo a delação, outros R$ 13 milhões foram doados oficialmente ao tucano.

De acordo com Joesley, o senador pediu R$ 20 milhões ao Grupo JBS.

"R$ 6 milhões através de notas frias para a empresa LRC Eventos e Promoções, com a falsa venda de um camarote no Autódromo de Interlagos, em São Paulo; R$ 420 mil para a empresa APPM Analista e Pesquisa, também em notas frias", diz o anexo da delação do dono do grupo JBS.

O delator explica que outros R$ 13 milhões foram doados oficialmente, conforme indicação do candidato.

Joesley afirmou que o 'sr. Furquim' ficou responsável pela operacionalização dos pagamentos - Luiz Fernando Furquim morreu em 2009 e foi responsável pelas contas de campanha do senador tucano.

Em nota, a assessoria de imprensa de José Serra afirmou:

"As contas de todas as campanhas de José Serra foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. José Serra jamais recebeu qualquer tipo de vantagens indevidas das empresas de Joesley Batista. E mais que isso, nunca tomou medidas que tenham favorecido a Joesley ou a seu grupo empresarial em nenhum dos diversos cargos que ocupou em sua longa carreira pública. O senador está confiante que a investigação irá comprovar a lisura de sua conduta."

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