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Serra e Haddad levam para a TV ataques feitos no rádio

O programa de Serra adotou o mote de que Haddad não teria condições de assumir a cidade


	José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT): o programa de Haddad atacou a saúde municipal, dizendo que ela "só está bem no programa deles (PSDB)"
 (Divulgação/Montagem de EXAME.com)

José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT): o programa de Haddad atacou a saúde municipal, dizendo que ela "só está bem no programa deles (PSDB)" (Divulgação/Montagem de EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 15h28.

São Paulo - Os dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições em São Paulo, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT), mantiveram a linha de ataques no programa do horário eleitoral gratuito desta quarta-feira, exibido na tevê entre 13h e 13h20. Serra fez críticas à gestão de Haddad como ministro da Educação que, por sua vez, criticou a saúde no município, lembrando que Serra foi ministro dessa pasta.

O programa de Serra adotou o mote de que Haddad não teria condições de assumir a cidade. A frase "Ele não está preparado" foi repetida diversas vezes ao longo do programa. Foram exibidos dados de pesquisas que apontam uma suposta piora da educação brasileira durante a gestão de Haddad no MEC e depoimentos de alunos de universidades federais queixando-se das condições ruins dos prédios e salas de aula. "A Universidade Federal de Guarulhos não tem prédio para funcionar. Os alunos assistem aulas de um CEU que fica ao lado", disse um narrador. "Ele (Haddad) não está preparado (para assumir a Prefeitura)", finalizou outro.

O programa tucano também defendeu seu legado na saúde, apresentando dados comparados com a época em que o PT administrou a cidade com Marta Suplicy. "No tempo do PT, São Paulo tinha 547 unidades de saúde, hoje são 943. O número de médicos também praticamente dobrou, de 8.600 para quase 15 mil", disse um narrador. O próprio candidato defendeu, em seguida, o modelo de administração de hospitais municipais - que conta com a parceria da Prefeitura com as chamadas Organizações Sociais da Saúde (OS) - e criticou o PT que, segundo ele, quer acabar com esse modelo.


"O Haddad e o PT são contra a parceria atual entre a Prefeitura e as organizações sociais de saúde. Se ela acabasse, isso impediria, por exemplo, que o hospital Sírio Libanês cuidasse do Menino Jesus como acontece hoje e que o (hospital Albert) Einstein cuidasse do M'Boi Mirim. Fazem politicagem com assunto sério. Quando um petista rico fica doente vai logo pro Einstein ou Santa Catarina, mas eles não querem que o Einstein e o Santa Catarina atendam os doentes nos hospitais da Prefeitura", criticou o tucano.

Já o programa de Haddad atacou a saúde municipal, dizendo que ela "só está bem no programa deles (PSDB)". "Não dá para combater problemas velhos com ideias velhas", disse um narrador. O programa apresentou a proposta da "Rede Hora Certa" do candidato petista, que pretende centralizar o agendamento, a consulta, exames e pequenas cirurgias de pacientes da rede municipal, como solução para os problemas atuais.

Dando sequência à troca de números, o programa petista afirmou que Serra "usou dados de um relatório isolado" para dizer que a educação piorou no Brasil na época de Haddad no MEC. Um narrador citou, na sequência, estudo do Banco Mundial que diz que o Brasil é o "País que mais avançou no mundo no aumento de escolaridade". O candidato repetiu sua aparição no programa rebatendo as críticas de Serra de que ele não teria feito nada por São Paulo quando era ministro. "Fiz, Serra, e muito. E não fiz mais porque a Prefeitura não deixou. Eu garanti recursos para 172 creches e não foram buscar. Aprovei verbas para uma universidade na zona leste e uma escola técnica na zona norte e não cederam o terreno. Tudo o que precisava da Prefeitura não aconteceu. Só avançamos naquilo que não dependia da Prefeitura", afirmou Haddad.

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