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Serra diz que impeachment é o começo para sair da crise

"Com muita clareza, o impeachment não é a solução para os problemas do Brasil. Que ninguém tenha a ilusão, é o começo do começo", completou


	Serra: "com muita clareza, o impeachment não é a solução para os problemas do Brasil. Que ninguém tenha a ilusão, é o começo do começo", completou
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Serra: "com muita clareza, o impeachment não é a solução para os problemas do Brasil. Que ninguém tenha a ilusão, é o começo do começo", completou (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 08h19.

Brasília - O senador José Serra, duas vezes candidato à presidência, afirmou nesta quinta-feira em seu discurso na sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, que este processo é o "começo" da solução para a crise.

"Com muita clareza, o 'impeachment' não é a solução para os problemas do Brasil. Que ninguém tenha a ilusão, é o começo do começo", disse Serra, senador pelo PSDB de São Paulo.

O senador, que segundo a imprensa é o preferido do vice-presidente, Michel Temer, para ser o ministro de Relações Exteriores no governo que pode assumir hoje mesmo, fez um chamado à "união" nacional e concluiu seu discurso exclamando: "Mãos à obra".

Além disso, Serra disse que o processo do impeachment é um "remédio amargo" que representa "quase uma tragédia para o país", mas afirmou que "a continuidade do governo de Dilma seria uma tragédia ainda maior".

Com o pronunciamento de Serra, já falaram na sessão 71 senadores, e 50 deles se pronunciaram a favor da abertura do processo, 20 contra e um não esclareceu suas intenções.

Depois que todos os senadores inscritos falarem, cada um tem quinze minutos de tempo, começará a votação.

A abertura do julgamento político será decidida no final da sessão, por maioria simples entre os 81 senadores. E seguindo o discurso deles, Dilma será afastada hoje mesmo do cargo por pelo menos os 180 dias que pode durar o processo.

Ela será substituída por Temer, que completará o mandato até 1º de janeiro de 2019 em caso de impeachment.

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