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Serra critica desconhecimento de Dilma sobre economia

Segundo Serra, a indústria brasileira voltou ao nível do pós-guerra. O tucano também criticou a política fiscal do governo


	Dilma Rousseff: a presidente é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
 (Jason Alden/Bloomberg)

Dilma Rousseff: a presidente é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Jason Alden/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 16h20.

São Paulo - O ex-governador José Serra (PSDB-SP) criticou nesta quinta-feira, 20, a presidente Dilma Rousseff (PT), que foi sua adversária nas eleições gerais de 2010, afirmando que uma das principais razões da insegurança em relação ao país, sobretudo no campo econômico, é "o desconhecimento da presidente com relação à economia".

Dilma é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em teleconferência sobre "Análise da Conjuntura Econômica", promovida pela GO Associados, o tucano destacou que os números e dados não indicam uma situação calamitosa para o país, contudo, "quando se entra no terreno da autoridade, da existência de governo, percebe-se que o fundamental não é o superávit, ou o clima quente que tira o potencial de energia, mas a falta de governo, que não tem estratégia de ação e vai ao sabor da psicologia de seu chefe máximo e das vicissitudes da conjuntura".

Segundo Serra, a indústria brasileira voltou ao nível do pós-guerra.

"Retrocedemos aos anos de 1946/47, com o setor industrial participando de 12 a 13% do PIB, o que se traduz num déficit comercial de US$ 100 bilhões, sem perspectivas de reverter o cenário. Se não fosse o agronegócio, o Brasil teria falido e pedido moratória, a política comercial brasileira é uma falácia."

O tucano também criticou a política fiscal do governo.

"Outro fator de insegurança é a contabilidade criativa das contas públicas. Quando uma conta pública não vai bem, é melhor mostrar, não é crime errar moderadamente uma precisão. Mas como temos hoje economistas e jornalistas bem preparados, não se pode fazer isso porque a contabilidade criativa piora as expectativas."

Para o ex-governador, a posição da atual gestão em defesa do governo venezuelano é uma contradição ao cenário de massacre que vem ocorrendo naquele país. "O apoio a esses massacres na Venezuela acaba provocando também um efeito econômico ruim, principalmente junto aos investidores estrangeiros."

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