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Sérgio Cabral Filho busca apoios para viabilizar pleito

Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador, opera uma extensa rede de apoios para viabilizar a eleição para a Câmara


	Sérgio Cabral, ex-governador do Rio
 (Antonio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (Antonio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 20h50.

Rio de Janeiro - Em sua primeira campanha eleitoral como candidato a deputado federal pelo PMDB, Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral Filho, opera uma extensa rede de apoios para viabilizar a eleição para a Câmara.

Em pouco mais de um mês de campanha, o novato recebeu e distribuiu quantias superiores a R$ 330 mil em doações eleitorais, segundo a primeira prestação de contas parcial da candidatura.

O relatório mostra que Marco Antônio, de 23 anos, arrecadou R$ 334.500,00 e doou R$ 332.612,77 para 24 candidatos.

Até um petista, o deputado estadual André Ceciliano, foi agraciado com três pagamentos, de R$ 615,50, R$ 115,00 e R$ 650,00, apesar de concorrer por coligação rival à do jovem peemedebista.

"O valor doado refere-se a material de campanha produzido em conjunto com parceiros candidatos a deputado estadual", afirmou Marco Antônio, por meio de sua assessoria de imprensa.

Ele não deu entrevista à reportagem sob alegação de estar "em agenda".

A maior parte dos recursos que o candidato recebeu, R$ 330 mil, vieram do Comitê Financeiro Único do PMDB e tiveram como doador o frigorífico JBS S/A, um dos maiores processadores de carnes do País.

Marco Antônio despontou para a política como presidente nacional da Juventude do PMDB e protagoniza uma das campanha mais ostensivas do Estado.

As doações são indicativo da capilaridade da sua propaganda, ramificada principalmente no interior. É o caso de Ceciliano. Segundo a assessoria do parlamentar, os dois políticos fazem "dobradinha" nas cidades de Paracambi, Mendes e Japeri.

Veterano da Assembleia Legislativa, o petista consultou sua assessoria jurídica para saber se há ilegalidade na aliança. Descobriu que, como PT e PMDB são coligados nacionalmente, não há problemas na aliança local e informal.

Os materiais que fazem juntos não mencionam candidaturas ao governo. Neste ponto, os partidos são adversários.

Outras doações, para dobradinhas com políticos com tradição de boa votação fora da capital, mostram a influência de Cabral pai e podem garantir votos a Marco Antônio.

O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB), com base eleitoral em Saquarema (Região dos Lagos) e parceiro desde a época em que Cabral presidiu a Alerj (1995-2002), é outro aliado em dobradinha.

Secretário de Agricultura de Cabral, Christino Áureo, candidato a deputado estadual pelo PSD, também recebeu recursos do jovem político para campanha conjunta.

Apesar do sobrenome e da semelhança física, Marco Antônio não se apresenta como filho do ex-governador na propaganda. Também não apareceram, pelo menos até agora, materiais em que o pai "apresente" a candidatura do "sucessor".

Em seu perfil no Facebook, a única menção que o candidato faz à filiação é uma foto em que aparece ainda criança, nos ombros de Cabral, em uma mensagem de Dia dos Pais.

Cabral pai renunciou ao posto em abril, com a popularidade em baixa. Ele não se recuperou da crise que atingiu seu governo a partir das manifestações de junho de 2013.

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