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Serasa: inadimplência das empresas sobe 8,5% em julho

No entanto, na comparação com julho do ano passado, a inadimplência recuou 5,5%

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A inadimplência das empresas brasileiras subiu 8,5% em julho em relação a junho deste ano, informou hoje a Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. Na comparação com julho do ano passado, a inadimplência recuou 5,5%. De janeiro a agosto de 2010, houve uma queda de 8,5% na comparação com o mesmo período de 2009.

De acordo com os técnicos da Serasa Experian, a alta da inadimplência de junho para julho está ligada ao aumento das taxas de juros em operações de crédito para empresas. "A elevação dos juros, sobretudo no capital de giro, a desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre e o aumento dos estoques explicam o crescimento verificado", registraram os economistas em nota.

"O fator calendário, por sua vez, também deve ser considerado, uma vez que julho teve um dia útil a mais que junho. Além disso, vale lembrar que as empresas exportadoras continuam enfrentando problemas com o real valorizado e com o mercado externo."

Os títulos protestados foram responsáveis por 7,8 ponto porcentual do aumento mensal de 8,5% da inadimplência. As dívidas com bancos que não foram pagas tiveram peso de 0,4 ponto porcentual, a mesma contribuição registrada pelos cheques sem fundos.

Grandes empresas
Considerando o porte das empresas, as grandes registraram o maior aumento da inadimplência de junho para julho, de 14,2%. As micro e pequenas empresas tiveram taxa na inadimplência de 8,5% e as médias empresas de 7,5%. Na comparação com julho de 2009, grandes, médias e pequenas empresas registraram redução da inadimplência, de 9,1%, 13,4% e 4,9%, respectivamente.

"A perspectiva é de que a inadimplência das empresas continue alternando pequenas variações positivas e negativas na comparação mensal", afirmaram os técnicos da Serasa Experian. "Um ambiente mais favorável é aguardado para o último trimestre, com as festas de final de ano impulsionando mais fortemente o ritmo da atividade econômica."

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