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Serasa: ainda é cedo para prever que inadimplência continuará em queda

Carlos Henrique de Almeida diz que resultado de janeiro foi bom num contexto de pressão gerada pelas despesas de início de ano

Carlos Henrique de Almeida, da Serasa: "renda vai crescer menos em 2011" (Carol Carquejeiro)

Carlos Henrique de Almeida, da Serasa: "renda vai crescer menos em 2011" (Carol Carquejeiro)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 10h29.

São Paulo – A queda de 3,3% da inadimplência do consumidor no início do ano – período de muitos gastos –  foi positiva, mas ainda é cedo para apontar uma tendência, diz o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, que participou nesta quarta-feira (9) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

“Após oito meses de alta, ainda não temos condições de afirmar que a tendência seja de queda da inadimplência daqui para frente. O número de janeiro é bom ainda mais quando você vê que há sempre pressão de inadimplência no primeiro trimestre por contas de muitas despesas.”

Carlos Henrique de Almeida explica que a renda deve crescer menos nesse ano por conta da desaceleração da economia, com eventuais impactos na inadimplência. “O consumidor vai sentir que não tem mais muito espaço para assumir dívidas. O problema não é o endividamento em si, o problema é se endividar acima da sua capacidade.”

Outro ponto que pode piorar a inadimplência é o aperto monetário do Banco Central. “Os dados mostram que, historicamente, quando há uma alta forte dos juros, há uma pressão forte na inadimplência. Como o brasileiro costuma se financiar pelas linhas mais caras, ele acaba sentindo isso. Brasileiro usa bastante cheque especial e rotativo do cartão de crédito”, diz o assessor econômica da Serasa Experian, que, no entanto, não prevê um ciclo forte de alta dos juros.

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem acima), Carlos Henrique de Almeida explica por que a queda maior da inadimplência aconteceu nos cheques sem fundos, e comenta qual modalidade tem o maior valor médio de dívida.

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